Os funcionários do Metrô de Lisboa apoiam de forma massiva a jornada de greve parcial convocada para esta terça-feira (15), que conta com uma adesão de praticamente 100% dos empregados em protesto contra os cortes aplicados pela companhia.
Foi o que informaram os sindicatos do ramo, cuja mobilização provocou a interrupção total do serviço suburbano a partir das 6h30 locais (4h30 de Brasília) e até as 10h30 (8h30).
De fato, a circulação de trens pelas vias do metrô foi suspensa até as 10h30 por decisão dos dirigentes da companhia, e as estações amanheceram hoje fechadas para evitar confusões aos usuários.
Os trabalhadores do metrô lisboeta protestam desta forma contra a redução salarial e o corte nos pagamentos extra de verão e Natal, assim como pelas alterações nos pagamentos por feriados ou a redução de horas-extras, medidas todas elas introduzidas ao longo do ano passado.
O governo lusitano, por sua parte, quantificou em 200 mil euros o impacto do dia de greve parcial por parte dos empregados do serviço suburbano.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, lamentou em entrevista à agência estatal "Lusa" o efeito "prejudicial" que esse tipo de greve tem nas contas da companhia encarregada de administrar o metrô lisboeta.
Já na semana passada, Monteiro advertiu que esse tipo de mobilização só consegue é acelerar a privatização da empresa.
A privatização da companhia está entre os próximos objetivos do Executivo conservador português, processo que os trabalhadores rejeitam completamente e que motivou muitos atos semelhantes ao de hoje, durante os últimos dois anos, todos eles com forte adesão.
O metrô lisboeta transporta diariamente cerca de 450 mil pessoas, segundo dados da própria companhia.
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