A Livraria Cultura vai ter o seu próprio leitor de livros digital (e-reader), a exemplo da Amazon com o Kindle. A livraria acaba de firmar parceria com a Kobo, fabricante canadense de e-reader que pertence à japonesa Rakuten.
O aparelho começará a ser vendido na segunda quinzena de outubro, por meio do site da Cultura ou nas 14 lojas físicas, e dará acesso a um catálogo de 3 milhões de livros em diversas línguas.
O site da Cultura tem no catálogo 330 mil livros digitais, que podem ser baixados em qualquer leitor digital. O diretor-geral da Cultura, Pedro Hetz, explica que a plataforma do Kobo é aberta, permitindo a leitura de livros digitais comprados em outros sites e plataformas, com exceção da Amazon. E quem tiver leitor digital de outra marca também poderá comprar livros pelo site da livraria.
"A beleza dessa parceria é que ela é aberta e democrática, como uma livraria deve ser", diz o diretor-geral da Cultura, Pedro Herz.
A expectativa é que os livros digitais custem 20% menos do que os de papel. Do catálogo digital que estará disponível no Kobo, apenas 15 mil livros serão de editoras brasileiras. Herz acredita, contudo, que o lançamento vai estimular editoras a digitalizar seus catálogos, inclusive com títulos esgotados.
A venda de livros digitais representa menos de 1% das vendas da Cultura. Mas o e-commerce já representa 19% do faturamento, previsto para R$ 430 milhões neste ano.