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Crise

Livraria Saraiva fecha 20 lojas e abandona a venda de itens de tecnologia

Fachada de uma loja da Livraria Saraiva. | Eduardo P/Wikimedia Commons
Fachada de uma loja da Livraria Saraiva. (Foto: Eduardo P/Wikimedia Commons)

Depois de a Livraria Cultura entrar com pedido de recuperação judicial, agora foi a vez de a rede Saraiva tomar uma medida mais drástica. Nesta segunda-feira (29), ela está fechando 20 lojas espalhadas pelo Brasil, incluindo todas as unidades da iTown, rede especializada na revenda de produtos Apple.

A empresa não confirma a relação das livrarias fechadas, mas segundo fontes do mercado, estão entre elas as lojas de Londrina, Santos (Avenida Ana Costa), Campinas (Galeria Shopping), Alphaville, Tamboré, Granja Viana, Mogi das Cruzes e dos shoppings Anália Franco, West Plaza e Plaza Sul.

Todas as oito unidades da iTown, uma revenda autorizada de produtos Apple de propriedade da Livraria Saraiva, estão entre as lojas fechadas. Segundo o blog especializado MacMagazine , os clientes que foram às lojas nesta segunda (29) se depararam com portas fechadas e cartazes informando o fechamento das lojas e orientando-os a procurarem uma unidade da Saraiva para casos de assistência técnica.

Em comunicado enviado à imprensa, a Saraiva disse que vem tomando “medidas voltadas à evolução da operação e perenidade do negócio”. Isso inclui o fechamento das 20 lojas e o fortalecimento do seu e-commerce, que hoje representa, segundo a empresa, 38,4% do negócio. A rede tem, no momento, 84 livrarias.

No comunicado, a Saraiva informou que “focará seu negócio no mercado de livros, que representa a essência da companhia e é hoje a categoria mais vendida pela rede”, o que explica o encerramento da operação da iTown. Itens de tecnologia passarão a ser comercializados apenas no modelo marketplace. Além de livros, a Saraiva continuará vendendo papelaria, games, filmes e música, produtos “complementares ao universo de leitura”, segundo a empresa.

A Saraiva e a Cultura são protagonistas (e também responsáveis) por uma das piores crises do mercado editorial brasileiro. Nos últimos meses, não estão conseguindo liquidar o pagamento para seus fornecedores - agravando ainda mais a situação das editoras. Ao mesmo tempo, livrarias como a Martins Fontes e as redes Leitura, Livrarias Curitiba, Travessa e Vila, mais conservadoras em sua gestão, estão conseguindo passar um pouco mais tranquilamente pela atual crise.

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