A Livrarias Curitiba resolveu investir em uma expansão mais agressiva da sua rede. A empresa, líder no Sul, com 13 lojas, prepara-se para abrir sua primeira unidade em São Paulo, em novembro, e vai estudar, a partir do próximo ano, a criação de um modelo de franquias, estratégia já trilhada por concorrentes, como Nobel e Siciliano. As informações foram divulgadas na Gazeta do Povo deste domingo (7).
"O mercado de livros deve entrar em um ciclo de crescimento maior nos próximos anos, com os bons indicadores da economia, maior acesso ao crédito, a construção de novas bibliotecas e o barateamento dos preços dos livros", acredita Marcos Pedri, diretor administrativo e comercial da rede. Segundo ele, o preço médio do livro caiu de R$ 35 para R$ 25, embalado por ganhos de produtividade e de escala das editoras.
A mudança foi puxada também pela concorrência da pirataria pela internet, que obrigou o setor a investir mais em serviços e atendimento como estratégia de diferenciação. "Hoje não há muita diferença de preço entre as redes. O que muda é a forma como o consumidor se sente nas lojas", diz. De acordo com ele, dentro do projeto cultural do grupo que engloba a realização de semanas culturais, sessões de autógrafos, exposições, lançamentos de livros e shows, dentre outros foram 242 eventos em 2006.
Depois de dois anos sem abrir novas lojas, a empresa prepara a abertura de duas, com investimento total de R$ 6,5 milhões. Em São Paulo, a empresa ainda não definiu se vai adotar um novo nome, a exemplo do que já fez nos demais estados do sul, onde usa a denominação Livrarias Catarinense e Porto. "Há grande chance de usarmos o nome Curitiba, que, segundo nossas pesquisas, tem um apelo positivo junto ao público local", diz Pedri.