O uso de máquinas para auxiliar investimentos não é novidade no mercado financeiro e vem chegando cada vez mais próximo da população em geral, que sinaliza boa recepção para as novas tecnologias, especialmente no Brasil.
Segundo um estudo da consultoria Accenture, 7 em cada 10 consumidores estão dispostos a utilizar serviços baseados em robo advisor — consultoria e serviços gerados por computador, sem orientação humana — para seus serviços bancários, de consultoria financeira e seguros.
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Talvez esteja aí uma das explicações para o sucesso das fintechs no Brasil. A estrutura bancária monopolizada e os juros altos também dão espaço para esse tipo de serviço crescer muito no país. Estima-se que, juntas, as fintechs vão faturar US$ 24 bilhões no Brasil nos próximos dez anos.
Na pesquisa da Accenture, os consumidores indicaram que os principais atrativos para o uso de plataformas robô-advice seriam a perspectiva de serviços mais rápidos, com 46% dos brasileiros apontando essa razão, mais que os 39% da média globalmente.
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Essas plataformas também são consideradas mais baratas por 31% dos consumidores de todo o mundo e por 30% no Brasil. Os consumidores também consideram a inteligência dos computadores mais imparcial e analítica que a dos humanos (26% globalmente e 25% no Brasil).
No entanto, o estudo revela que quase dois terços dos consumidores ainda buscam a interação humana nos serviços financeiros, especialmente para lidar com reclamações (68% globalmente), especialmente no Brasil, com 84% dos entrevistados preferindo o atendimento por pessoas.
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Esclarecimentos sobre produtos complexos, como hipotecas, também devem ser preferencialmente feitos por humanos, segundo 61% dos consumidores no mundo e 80% dos entrevistados brasileiros.
Mas isso, na prática, pode estar mudando, já que algumas das fintechs que mais crescem no país, como a Creditas, são aquelas que lidam com modalidades de empréstimo que exigem a casa ou o carro como garantia.