Falar sobre dinheiro com as crianças não é uma tarefa fácil. Quem tem filho, neto ou sobrinho pequeno, certamente já se deparou com dilemas do tipo “Como explicar de onde vem o salário?” ou “Devo ou não dar mesada?”, entre outros que permeiam o universo de finanças em relação as crianças.
Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco, explica que boa parte do aprendizado dos pequenos vem da observação do comportamento dos adultos e nas interações do dia a dia.
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“Essas situações acontecem o tempo inteiro e, muitas delas, envolvem o uso do dinheiro. Então, por que não aproveitar as oportunidades para compartilhar alguns aprendizados sobre como usar bem o dinheiro e o valor das coisas com as crianças? Pode ser mais fácil e prazeroso do que imaginamos”, diz.
E essa tarefa cabe mesmo à família, já que a educação financeira ainda não é uma realidade para a maioria das crianças e adolescentes brasileiros nas escolas.
Ensinar as crianças a ter uma boa relação com o dinheiro, fará toda a diferença na vida adulta e quando estiverem tomando suas próprias decisões, porque elas se tornarão mais seguros das suas escolhas no futuro. O ponto mais positivo dos ensinamentos vai muito além disso, pois o uso do dinheiro será apenas um, dentre muitos valores transmitidos.
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1. Falar de dinheiro ainda é tabu para boa parte dos brasileiros – mas é algo que precisa mudar. Dinheiro deve ser tratado como parte importante da vida, que ajuda a realizar sonhos e que precisa ser usado de forma consciente. Fale naturalmente com as crianças sobre escolhas, cuidado, consciência e, especialmente, sobre o bom uso daquilo que dá bastante trabalho para ganhar.
2. A partir dos 6 anos, a criança já é capaz de começar a cuidar do próprio dinheiro. Se puder, dê uma pequena semanada e explique quais gastos devem sair dali (lanche da escola, por exemplo). Se o dinheiro acabar antes, não faça adiantamentos ou complementos. A função da semanada é ensinar a preparar e cumprir um orçamento. No caso da mesada, especialistas recomendam a prática a partir de 11 anos.
3. Envolva os pequenos na lista do supermercado, pedindo ajuda a eles na hora da compra. É uma boa forma para ensinar sobre planejamento e escolhas conscientes.
4. Planeje com as crianças os objetivos em comum da família, como uma viagem de fim de ano. Envolva-as para ajudarem a poupar na conta de telefone ou de luz e usar as economias para atingir esse objetivo.
5. Quando for sacar dinheiro no caixa eletrônico e a criança estiver junto, explique de onde ele vem. Muitas crianças imaginam que vem da máquina, então é uma hora boa para explicar que é o resultado do seu trabalho, por exemplo.
6. Quando fizer uma compra no cartão, explique também como funciona! Fale sobre como você vai pagar, se vale a pena comprar agora ou esperar mais um tempo etc.
7. Para as famílias endividadas, a dica só falar com as crianças após um discurso pré-combinado. Os adultos precisam se acertar antes de conversar com as crianças e dar a eles a segurança que estão no controle.
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