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Investimentos

Até o fim de 2017, poupança vai ter uma janela de oportunidade. Entenda

Essa boa onda da poupança mudará quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano. | Marcelo AndradeGazeta do Povo
Essa boa onda da poupança mudará quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano. (Foto: Marcelo AndradeGazeta do Povo)

Até os últimos meses de 2017 a poupança não será uma vilã dos investimentos. A previsão do mercado é de que a taxa básica de juros chegue aos 8,5% ao ano em setembro ou outubro deste ano. Até lá, a poupança renderá 0,5% ao mês mais TR (Taxa Referencial), ou seja, muito mais do que muitos fundos de renda fixa por aí, principalmente em tempos de inflação baixa — tivemos, inclusive, uma deflação do IPCA em junho e o indicador está em 3,14% em 12 meses — e se esses fundos tiverem taxas de administração altas.

Por taxas altas de administração, os especialistas entendem mais de 2% ao ano, fatia que complica o retorno dos fundos se o resgate for feito em um prazo menor do que um ano. É que, diferentemente da poupança, os fundos estão sujeitos ao desconto do Imposto de Renda. Por isso, as comparações entre os dois tipos de investimento também precisam levar em conta o prazo do resgate. 

Para atingir o mesmo ganho da poupança neste momento, em que a Selic está em 10,25% ao ano, segundo dados da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), uma aplicação em CDB teria de render 85% do CDI para empatar com a poupança.

Esse cenário não chega a ser uma grande novidade — os brasileiros viveram isso no segundo semestre de 2013, quando a Selic estava na casa dos 9,5% ao ano — , mas é bastante relevante para quem tem uma postura ativa em relação ao dinheiro e já assumiu as rédeas de seus investimentos.

Essa boa onda da poupança mudará quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano. Pela norma vigente desde 4 de maio de 2012, os depósitos feitos na caderneta a partir dessa data renderão 70% da Selic mais TR  sempre que a taxa básica for menor ou igual a 8,5% ao ano. Para depósitos anteriores a 4 de maio de 2012, o retorno é sempre de 0,5% ao mês mais TR.

A expectativa do mercado é de que a Selic caia mais 0,75 ponto percentual e chegue até o fim de 2017 a 8,25% ao ano. Entre os analistas Top-5, aqueles que mais acertam as previsões, a Selic cairá a 8% ao ano ainda neste ano e chegará a 7,88% em 2018. É claro que as denúncias de corrupção, entre elas aquela que pesa contra o presidente Michel Temer neste momento, podem mudar esse cenário. Mas, por ora, as expectativas são essas.

Para quem não quer se arriscar mas também quer ganhar um pouco mais do que promete render a poupança nessa janela de oportunidade,  os títulos do Tesouro Direto, os fundos com baixas taxas de administração e o CDI continuarão sendo opções melhores. 

No caso dos títulos públicos, aqueles pré-fixados, que estão pagando juros de cerca de 10% mais a inflação, ou ainda aqueles atrelados ao IPCA, que cobrem a inflação e mais de 5% de rendimento no final do prazo previsto, são boas opções.

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