| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A Caixa vai reduzir o percentual que poderá ser financiado na compra de um imóvel novo de 90% para 80% do valor da propriedade. As regras vão valer para quem optar pelo financiamento pela tabela SAC (que amortiza a dívida e reduz o valor das prestações ao longo dos anos), a mais utilizada pelo banco público.

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A partir de agora, quem quiser comprar um imóvel precisará ter 20% do valor imóvel para dar de entrada. A mudança vale inclusive para o programa Minha Casa, Minha Vida.

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Para imóveis usados, o percentual de entrada é de 30% desde março do ano passado. Segundo uma pessoa próxima ao banco, a mudança é uma decisão estratégica de segurança e garantia para a Caixa. No entanto, essa pessoa descartou que houvesse aumento na inadimplência ou mesmo escassez de recursos.

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A reportagem apurou que mais de 90% dos empréstimos para a compra da casa própria já financiam menos 80% ou menos do valor do imóvel.

A Caixa detém quase 70% de todo o financiamento imobiliário do país, com R$ 413 bilhões emprestados, mas tem enfrentado a concorrência dos grandes bancos, que veem na linha uma alternativa para continuar a conceder empréstimos em um cenário de crise.

Os bancos privados vem adotando estratégia agressiva de redução de taxas de juros na esteira da queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 9,25% ao ano. Já a Caixa sinalizou que não pretende cortar os juros neste momento.

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O crédito imobiliário é considerado um dos menos arriscados do mercado. No final de março, os atrasos acima de 90 dias eram de 1,99% na Caixa. A média do sistema era de 1,8% naquele mês, segundo dados do Banco Central, e fechou junho em 1,6%.

E como ficam os pró-cotistas?

Na semana passada, o banco público conseguiu orçamento extra de R$ 15 bilhões para financiar imóveis. No entanto, o dinheiro não será destinado à linha Pró-Cotista, uma das mais baratas, mas que se esgotou em maio deste ano. Em julho, a Caixa afirmou que só receberia novas propostas para financiamento em 2018.

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A linha ganhou espaço com o enxugamento dos recursos da poupança, consequência da retirada dos recursos da caderneta durante o agravamento da crise econômica. O orçamento inicial de 2017 para a Pró-Cotista era de R$ 5 bilhões, montante aprovado em outubro de 2016.

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