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7 passos para pessoas com deficiência multiplicarem suas chances de emprego

Dados do Ministério do Trabalho mostram que apenas 381 mil vínculos empregatícios eram declarados como pessoas com deficiência (PCDs) em 2014 ,0,77% do total de empregos formais no Brasil. | Bigstock/
Dados do Ministério do Trabalho mostram que apenas 381 mil vínculos empregatícios eram declarados como pessoas com deficiência (PCDs) em 2014 ,0,77% do total de empregos formais no Brasil. (Foto: Bigstock/)

Se o mercado de trabalho anda arisco, imagine para quem tem dificuldade de se deslocar, desempenhar determinadas tarefas e vencer adversidades para conquistar um diploma. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a taxa de desemprego é duas ou três vezes mais alta entre as pessoas com deficiência em relação à população em geral. Além disso, a parcela que trabalha, às vezes, recebe remuneração inferior a quem não tem deficiência.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que, apesar de o país ter 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência (quase 24% da população), apenas 381 mil vínculos empregatícios eram declarados como pessoas com deficiência (PCDs) em 2014 (números mais recentes), o que representa 0,77% do total de empregos formais no Brasil.

“Há várias razões para que as empresas deixem de contratar PCDs, como falta de acessibilidade nas companhias ou dificuldade de os candidatos apresentarem a qualificação exigida”, explica Iara Luciana Coromberque, gestora de Recursos Humanos da Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef).

A falta de qualificação, muitas vezes, ocorre porque o PCD tem dificuldade de vencer as adversidades logísticas e conquistar um certificado de conclusão escolar ou um diploma de faculdade. Quando há deficiência mental, esse desafio cresce ainda mais.

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Empresas são obrigadas a preencher uma cota de suas vagas com PCDs

De acordo com a Lei 8.213, de 1991, empresas com cem ou mais colaboradores são obrigadas a preencher de 2% a 5% de seus cargos com PCDs ou beneficiários reabilitados. As empresas que têm de cem a 200 funcionários devem contratar, no mínimo, 2% de pessoas com este perfil. Acima de mil funcionários, o número sobe para 5%.

“Apesar de termos esta lei, há muitas empresas que não cumprem as cotas. Infelizmente, às vezes, há falta de engajamento para contratar pessoas com deficiência, preconceito de áreas e gestores que resistem à ideia de gerirem pessoas com deficiência”, aponta Cezar Antonio Tegon, presidente do Elancers Corporate e do site Vagas Online.

Em contrapartida, várias entidades promovem treinamento e qualificação específica para pessoas com deficiência, em parceria com empresas que aproveitam essa mão de obra em seus quadros. A Acadef, por exemplo, realiza treinamento direcionado aos PCDs via Programa de Aprendizagem, iniciativa do governo federal para incluir pessoas no mercado de trabalho. Um dos beneficiários, o cadeirante Bruno Silva dos Santos, 28 anos, conseguiu ser efetivado como auxiliar administrativo na Universidade La Salle, em Canoas.

“Sempre fui muito ativo e esforçado e, faça chuva ou faça sol, dou um jeito de estar no trabalho. São características que se somam à qualificação e são reconhecidas no mercado de trabalho”, afirma.

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Abaixo, 7 dicas que, segundo os especialistas, pode aumentar as chances de emprego para pessoas com deficiência:

Educação

- Muitas empresas deixam vagos os cargos para pessoas com deficiência por alegarem que não encontram mão de obra qualificada. Finalizar o Ensino Médio, inclusive por caminhos mais curtos como o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), abre portas para o diploma e para as oportunidades.

EAD

- Se há dificuldade de deslocamento, o Ensino a Distância (EAD) pode ser uma opção mais confortável (e barata) para finalizar os ensinos Fundamental, Médio e Superior.

Especialização

- Especializar-se em tarefas específicas como atendimento, assistência administrativa e informática é ainda mais importante para quem tem deficiência, uma vez que poucas empresas oferecem programas de treinamentos.

Habilidades

- A experiência costuma ser uma lacuna nos currículos de quem tem deficiência, portanto, foque nos seus cursos e nas suas competências emocionais: determinação, facilidade de trabalhar em equipe e abertura para novos desafios são alguns exemplos.

Apoio de ONGS

- Busque apoio de instituições como ONGs e associações que promovam cursos específicos para quem tem deficiência e que tenham proximidade com empresas mais abertas a sua contratação.

Pesquisa

- Informe-se sobre as melhores companhias em termos de oferta de vagas e condições de trabalho para pessoas com deficiência e direcione a elas seu esforço para buscar o emprego. Em geral, elas costumam ter vagas abertas.

Transporte

-Deixe claro ao empregador que o transporte e seu deslocamento não serão uma barreira. Prepare-se para quando tiver de enfrentar condições meteorológicas adversas.

Fontes: Iara Luciana Coromberque, gestora de Recursos Humanos da Associação Canoense de Deficientes Físicos (Acadef), e Cezar Antonio Tegon, presidente do Elancers Corporate e do site Vagas Online.

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