Dois anos depois de se formar em Engenharia dos Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Bárbara Thiessen, 35 anos, quis voltar a estudar. Efetivada pela BRF, onde estagiou por um ano, buscava um curso que lhe oferecesse maior expertise na área de gestão. Então, fez um MBA em Gestão Empresarial na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A especialização a colocou em contato com diversos executivos e, além do conhecimento técnico, proporcionou à jovem uma rica troca de experiências. Isso tudo a fez crescer dentro da empresa. Logo Bárbara se viu frente a um novo desafio: a implantação da filosofia Lean Six Sigma, método que visa evitar o desperdício e aumentar o desempenho da organização. Nesse momento a engenheira notou que precisava de um conhecimento bem específico do método que ajudava a instalar na companhia.
Após alguns cursos na área, começou uma especialização em Lean Six Sigma Certificado Black Belt, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Em 2016, quando foi indicada para trabalhar no Grupo Boticário, sua formação acadêmica teve um papel decisivo para que fosse colocada no cargo de Consultora de Melhoria Contínua.
A trilha de Bárbara é um exemplo de como uma especialização pode ajudar alguém a subir na carreira. Conforme destaca a diretora da consultoria Hays Response, Caroline Cadorin, a pós-graduação amplia o horizonte de qualquer profissional, seja no que tange à gama de conhecimento que ela oferece, seja nas variadas possibilidades de networking.
A consultora acrescenta que estudar sempre é uma boa maneira de se atualizar em mercado que se transforma cada vez mais rápido.
Aperfeiçoamento contínuo é importante para crescer na empresa
Não é incomum que executivos façam mais de uma pós. Cada período e contexto da carreira vai pedir uma qualificação especial. A contadora Eva Bueno Prizybicien, 31 anos, decidiu ainda na graduação que cursaria um MBA em Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal. Era uma área que lhe chamava a atenção. Em 2017, ao assumir um cargo de supervisora na controladoria da Power Airsoft, começou um MBA em Controladoria e Finanças na Uninter e conseguiu se aprofundar ao máximo na área em que foi convidada para gerir.
Na visão da gerente de negócios da consultoria Robert Half, Larissa Laibida, esse aperfeiçoamento contínuo é um ponto positivo aos olhos dos recrutadores. “Um profissional que não parou de estudar é valorizado e visto como dinâmico”, diz.
O diretor de pós-graduação da FAE, José Vicente B. M. Cordeiro, defende que uma boa especialização tem hoje o mesmo valor no currículo que uma boa graduação tinha há 30 anos, quando menos pessoas possuíam curso superior. ”Uma pós pode colocar um candidato a frente de muitos outros”, diz.
Trilhar um caminho coerente na pós é fundamental
Mas é preciso pensar uma trajetória profissional coesa antes de se matricular – verificar seu propósito e entender que modalidade ou área é ideal para a carreira que você quer. O coordenador geral de pós-graduação lato sensu da Universidade Positivo, Dario Luiz Dias Paixão, lembra que o MBA, por exemplo, não é tão fundamental para quem gere o próprio negócio quanto para quem atua em uma empresa grande.
Nesse sentido, o Diretor Geral da La Violetera, Félix Boeing Jr., 47 anos, tomou uma decisão acertada quando resolveu cursar um MBA em Gestão Estratégica de Negócios pelo ISAE-FGV, em 2013, quando assumiu o cargo que hoje ocupa na empresa. Pouco depois de se graduar em Administração de Empresas, em 2003, ele já havia feito uma especialização em Marketing e Propaganda para direcionar sua carreira.
Ao assumir um cargo de caráter mais generalista, sua necessidade foi outra e o MBA veio a calhar. “Eu precisava de um conhecimento abrangente em todas as áreas e o curso me ajudou muito”, lembra o executivo que também passou pela Nestlé e pela Santher.
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Publicado por Vida Financeira e Emprego em Sábado, 3 de fevereiro de 2018
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