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Carreira

Ele começou a programar por tédio e foi contratado pela Oracle aos 15 anos

Pedro Carrijo:17 anos completos no dia 20 de junho | Naiady Piva
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Pedro Carrijo:17 anos completos no dia 20 de junho (Foto: Naiady Piva Gazeta do Povo)

Pedro Carrijo começou a programar aos 11 anos, por diversão. Aos 15, tornou-se o funcionário mais novo da Oracle no Brasil. O garoto, que concilia o trabalho com a escola regular, hoje debate o futuro da sua carreira com executivos da multinacional. Pedro fez 17 anos na última quarta-feira (20).

"Quando eu tinha 11 anos, tive que ficar seis meses em casa para me recuperar de uma cirurgia, um transplante de fígado", lembra Pedro, acompanhado (não tão) de perto pelos seus pais, enquanto exibe uma maquete com a tecnologia de blockchain que ele desenvolveu no último mês. 

O rapaz queria criar joguinhos para celular, já que estava cansado de jogar sempre os mesmos games. Aprendeu, sozinho, 11 linguagens diferentes. 

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Há dois anos, Pedro encantou os executivos da multinacional de tecnologia Oracle, depois de proferir uma palestra no evento da empresa, o Open World, realizado em São Paulo. 

"A gente pensou na hora: temos que ter esse rapaz com a gente. Mas demorou um pouco, porque ele estava em uma outra empresa", brinca Fernando Lemos, vice-presidente de Inovação da Oracle América Latina e mentor profissional de Pedro. 

Com 15 anos, o jovem entrou na empresa como aprendiz. Assim que fez 16, foi efetivado. Pedro é um funcionário moderno. Ele não bate cartão na sede da empresa, mas trabalha de casa, em uma cidade a meia hora de Campinas. Lá, divide o tempo com o término do ensino médio. 

Rastreamento 

No último mês, Pedro desenvolveu uma aplicação baseada em blockchain, pensada para o setor de transporte de cargas. Ligada à área de segurança virtual, o blockchain é a tecnologia que dá base às transações de moedas virtuais, como o bitcoin, por exemplo. 

Na prática, o robô que ele criou monitora se está tudo bem com uma carga transportada, principalmente se ela for perigosa. Se um carregamento hospitalar, por exemplo, está sendo mantido na temperatura necessária para que os medicamentos não estraguem. 

A tecnologia dialoga com outra, já existente, que faz o rastreamento de cargas transportada. Toda programada por Pedro, a aplicação deve ser implantada, em breve, pela rede de fast food Habib's, para monitorar a temperatura dos alimentos.

*A jornalista viajou à convite da Oracle Brasil

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