Com 575 milhões de usuários no mundo – 34 milhões no Brasil –, o LinkedIn lançou uma ferramenta que promete fornecer insights em tempo real para empresas e recrutadores. A ideia é que a ferramenta, batizada de Talent Insights, possa não só ser fonte de consulta sobre o mercado de trabalho, mas um instrumento crucial para a tomada de decisão estratégica de gestores e diretores.
Segundo o diretor geral da plataforma para a América Latina, Milton Beck, as informações reunidas pela ferramenta em tempo real e de maneira intuitiva são praticamente as mesmas que já eram fornecidas por meio de relatórios encomendados por empresas e recrutadores. Com uma base cada vez maior e mais robusta, no entanto, foi possível cruzar os perfis, cada vez mais completos, com as atividades realizadas por cada usuário na plataforma, usando técnicas de análise e programação de big data. O resultado é um painel abrangente e fácil de usar.
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Pela ferramenta é possível procurar dados de duas formas: pelo tipo de talento (formação/função ou habilidade) ou por empresa.
Do ponto de vista de um recrutador ou de um diretor de empresa, por exemplo, é possível buscar por “engenheiros eletricistas” e ver na tela informações como: quantas vagas deste tipo vêm sendo oferecidas; a demanda e a frequência de contratação dessa função no mercado; em que regiões do país e do mundo esses talentos estão mais concentrados e onde estão mais em falta; entre outros insights.
Também é possível busca por empresas na ferramenta. Nesse caso, aparecerão informações como o número de funcionários, de contratações, atração e retenção de talentos em determinado período, tempo médio dos talentos na empresa, entre outras informações.
Beck explica que a empresa ou recrutador que usar o Talent Insights poderá também entender melhor o seu próprio cenário, verificando quais as habilidades das pessoas que vem contratando e se essas habilidades atendem aos objetivos da empresa ou mesmo para qual concorrente está perdendo talentos.
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Embora as informações venham dos usuários, elas são anônimas, ou seja, são apresentadas dentro de um contexto, de um pacote, e não de forma individual, o que não fere a privacidade de quem usa o LinkedIn. Empresas com menos de 30 funcionários não entram na ferramenta.
A lógica por trás da criação da ferramenta é a mesma que vem impulsionando o crescimento das HRTechs, as startups de recursos humanos: se no mundo corporativo atual é preciso testar produtos, errar e mudar de estratégia de forma cada vez mais rápida, também é preciso contar com a mão de obra necessária para isso de maneira mais ágil.
O acesso à ferramenta custa, em média, US$ 25 mil anuais (ou R$ . Segundo Beck, o LinkedIn tem cerca de 3 mil empresas brasileiras que já usam os serviços corporativos da plataforma, como gestão de marca e solução de talentos, e que também devem demonstrar interesse pela nova ferramenta.