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Com Selic a 9,25%, poupança supera ganho da maioria dos fundos

 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A queda da taxa básica de juros para 9,25% ao ano tornou a poupança mais atrativa que a maioria dos fundos de investimento de renda fixa, de acordo com simulações feitas pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). E este cenário, conforme a Gazeta do Povo já mostrou, deve continuar até que a Selic atinja os 8,5% ao ano.

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Nesta quarta (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu reduzir a Selic em 1 ponto percentual, em linha com o esperado pelo mercado. A decisão do BC foi tomada diante de um cenário de inflação comportada e em uma tentativa de reanimar a atividade econômica do país.

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As contas da Anefac mostram que a poupança ganha dos fundos de renda fixa em qualquer cenário se o resgate for feito em até seis meses. Isso acontece porque a caderneta, que rende TR (taxa referencial) mais 6,17% ao ano, é isenta de Imposto de Renda. Já os fundos são tributados segundo tabela regressiva, com alíquotas que começam em 22,5% e vão caindo até alcançar 15% -para aplicações acima de dois anos.

A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,55% com a Selic a 9,25% ao ano.

Segundo a associação, os fundos só ganham da poupança se tiverem taxa de administração de 0,5% ao ano e se o investidor esperar pelo menos seis meses para resgatar o dinheiro. Se a taxa subir para 1%, o fundo só ganha se o resgate for feito após dois anos -se ocorrer entre um e dois anos, a rentabilidade é igual à da poupança.

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Algumas aplicações de renda fixa também perdem a atratividade em relação à caderneta com a Selic a 9,25% ao ano. Com remuneração de 80% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa de juros nos empréstimos entre bancos), o CDB tem rentabilidade de 7,16% em um ano, a mesma do Tesouro Selic. A poupança tem ganho de 7,83%.

Se a rentabilidade subir para 90% do CDI, o ganho do CDB vai a 8,10% em um ano. O título bancário tem incidência de Imposto de Renda e segue tabela regressiva, que começa em 22,5% e vai caindo gradativamente até alcançar 15%.

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No caso da LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente), a taxa de retorno fica atrativa por causa da isenção de IR para pessoas físicas. Se o investidor conseguir uma taxa de 80% do CDI, a remuneração será de 8,95%. Se a taxa for de 90% do CDI, o retorno sobe para 10,12%.

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