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Cuidado com os sites tipo cashback, que devolvem parte do dinheiro de compras

Na imagem, o app da Beblue, uma das empresas do tipo cashback em atuação no Brasil. | Reprodução
Na imagem, o app da Beblue, uma das empresas do tipo cashback em atuação no Brasil. (Foto: Reprodução)

A necessidade de salvar cada real em tempos de crise abriu espaço a um tipo de programa de fidelidade novo: o cashback (em inglês, “dinheiro de volta”). Funciona assim: consumidores cadastram- se em determinados sites e aplicativos para receber de volta uma parcela dos gastos em compras on-line ou em lojas físicas parceiras desses sites, em forma de bônus para novas compras ou como depósito do dinheiro em conta.

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O forte ainda são as compras virtuais: o cliente acessa primeiro a plataforma de cashback, de onde é redirecionado ao site da loja que preferir. No comércio tradicional, o cliente paga com cartão em uma maquininha do aplicativo – que aceita as bandeiras mais tradicionais, como Visa e Mastercard – e tem parte do valor reembolsado.

Nem sempre o tal retorno vale a pena

Oito dicas para verificar se há vantagens no serviço

Algumas das opções no mercado hoje

Por atraírem o cliente à loja, os sites de cashback recebem comissão, pois funcionam como plataforma de anúncio. Parte desse valor, então, é repassado ao cliente.

Silvio Laban, professor de marketing do Insper, instituição de Ensino Superior das áreas de negócios e economia, explica que essa facilidade pode ser um incremento nas vendas ou, no caso de um mercado recessivo, uma forma de gerar negócios. 

Uma das pioneiras no país é a Méliuz, fundada em 2011. A startup começou oferecendo cashback só pela web e, em março deste ano, expandiu para lojas físicas, inclusive em Porto Alegre.

Nem sempre o tal retorno vale a pena

A chegada à capital gaúchal foi marcada por uma confusão na churrascaria Galpão Crioulo, há cerca de duas semanas: com promessa de devolver 100% do valor do almoço, a startup acabou levando gente demais ao local. 

A maquininha da Méliuz ficou sobrecarregada, e clientes disseram que foram proibidos de sair por horas enquanto a situação não fosse resolvida – informação contestada pela churrascaria. Conforme a Méliuz, “como foi uma das primeiras ações de SuperCashback na cidade, serviu como teste para alinharmos alguns detalhes” e “nas ações seguintes, tudo funcionou normalmente”.

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Consultores financeiros dizem que encarar filas em restaurantes é o menor dos problemas: é preciso avaliar mesmo se comprar nas lojas parceiras vale a pena.

“É possível conseguir vantagem em alguns produtos específicos, mas, às vezes, o negócio não é tão vantajoso”, alerta o educador financeiro Adriano Severo.

Ele simulou a compra de um celular. Em um site de cashback, o cliente era redirecionado a uma grande rede de varejo, que vendia o smartphone por R$ 699. O serviço devolvia 2% do total (R$ 13,98). Mas, em outra loja, que não trabalha com cashback, o mesmo aparelho saía por R$ 637,90 (R$ 47,12 a menos do que o valor via app).

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Oito dicas para verificar se há vantagens no serviço

1. Para se certificar de que a promoção anunciada no site de cashback é vantajosa, é preciso pesquisar em mais de um site de vendas.

2. Nas lojas físicas, certifique-se de que não há promoções ainda mais vantajosas ou sites de cupons, por exemplo.

3. Os descontos não são válidos para todos os produtos de uma loja.

4. Fique atento aos prazos para a sua compra virar bônus: nem sempre isso acontece de forma imediata.

5. Também tenha ciência de que os resgates, às vezes, têm valores mínimos exigidos.

6. Esse tipo de serviço estimula o consumo. Então, tome cuidado com compras desnecessárias.

7. As empresas dão bônus por indicações de clientes, mas os valores só retornam quando essas pessoas também gastarem no site.

8. O valor a ser resgatado nem sempre volta como dinheiro. Pode vir como desconto em lojas parceiras do site.

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Algumas das opções no mercado hoje

Méliuz

Nota no Reclame Aqui*: 8,83

Parte do dinheiro vira crédito na conta cadastrada de 30 a 60 dias após a compra online. Na loja física, é preciso pagar a conta pela maquininha do Méliuz, e o valor a ser ressarcido aparece imediatamente no site.

Beblüe

Nota no Reclame Aqui*: 8,37

É preciso baixar o aplicativo e criar conta usando o CPF. Ao comprar, parte do valor volta imediatamente para a conta criada no Beblüe. O crédito pode ser usado na rede credenciada.

Mooba

Nota no Reclame Aqui*: 7,49

A Mooba garante que seleciona apenas parceiros com boas avaliações no Reclame Aqui. O serviço divide a comissão com o cliente. Uma parte do valor gasto é devolvido na conta cadastrada e, então, pode ser transferida a uma conta corrente.

* O reclameaqui.com.br é um site no qual os clientes avaliam empresas com notas de 0 a 10.

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