O estilo retrô é das clássicas bicicletas urbanas. Por dentro, a bateria de lítio e a fiação embutida no cilindro fazem da Vela S uma bike elétrica leve, moderna, e com preço acessível. O modelo acaba de ser lançado pela Vela Bikes, startup que abriu uma fábrica própria, em São Paulo, depois de receber um investimento-anjo.
Em geral, as bicicletas elétricas são veículos comuns, adaptados para receber um motor. Tem fiação exposta e peso na casa dos 50 kg. A Vela S pesa somente 18 kg, seus componentes são todos embutidos, e a bateria não fica à vista. Quem vê nem percebe que há um motor ali, em algum lugar.
Com modelos a partir de R$ 3.790, a Vela S é quase 30% mais barata que o modelo anterior da startup, a Vela 1. O modelo foi todo pensado para a cidade. Por ser leve, é fácil de carregar (subir escadas, andar de metrô); os pneus e aros foram reforçados para suportar os impactos de andar na rua.
O preço ainda é salgado, se comparado ao das bikes comuns. Mas a empresa fez de tudo para "democratizar" o acesso a magrelas elétricas, explica Victor Cruz, fundador da empresa.
Victor fez, sozinho, as primeiras unidades da marca, em 2014. Começou como um projeto pessoal: ele cursava Engenharia Mecânica e queria construir uma bicicleta que totalmente pensada para ser elétrica, da ergonomia à parte eletrônica. Era 2012. Dois anos depois, quando ele colocou o projeto na plataforma Catarse, as vendas explodiram. Foram mais de 70 encomendas. Ele teve a certeza que ali existia uma oportunidade de negócio.
Tecnologia nacional
A tecnologia da Vela é 100% nacional, e a bicicleta é toda montada na fábrica da marca, em um bairro de São Paulo. O local foi aberto neste ano, depois que a startup recebeu investimento-anjo de R$ 480 mil. Até então, a fabricação dividia espaço com a oficina e showroom da marca, no bairro de Pinheiros, na capital paulista.
Por produzir tudo, a empresa consegue baraterar parte dos custos. Mas enfrenta algumas barreiras, em especial com componentes que exigem tecnologia “de ponta”, que precisam ser importados. A bateria, por exemplo, utiliza células de lítio que vem do Japão, fabricadas pela Panasonic. Alguns componentes eletrônicos do motor também não tem fabricação brasileira.
Como funciona
Instalado na roda traseira, o motor da bicicleta é acionado quando o usuário começa a pedalar. O veículo passa a se mover automaticamente, com autonomia entre 20 e 30 km/h. Para prolongar a duração da carga, é possível impor um limite de 10 km/h. Ou mesmo desligar a parte elétrica, e pedalar como se fosse uma bike comum.
A bateria não fica à vista, e pode ser retirada. A recarga completa leva entre duas e três horas, e pode ser feita plugando a bike na tomada ou destacando a bateria. O veículo conta ainda com uma entrada USB (que pode ser utilizada para carregar um celular com ela parada ou em movimento) e alarme, acionado por controle remoto.
Confira o vídeo-ilustrativo:
VELA BIKES - LANÇAMENTO VELA S - EXTERNO from Vela Bikes on Vimeo.
Expansão
Mesmo com tecnologia patenteada e fábrica própria, a produção da Vela Bikes ainda tem ares de artesanal. Um gatilho é a demanda: hoje a planta produz, em média, 60 bicicletas por mês. Mas tem capacidade para dez vezes mais.
"A gente percebe que a ausência da nossa presença física é determinante. Porque ainda é uma coisa nova e, para muitas pessoas, ainda é um investimento alto, então ela tem que se sentir confiante", explica o sócio-fundador da Vela Bikes, Victor Cruz.
Por isso a estratégia de expansão da Vela é de abrir pontos móveis nas principais praças onde há demanda: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba. Seria como um "food truck" de bikes elétricas, com oficina, acessórios e veículos para teste. Além de receber encomendas para compra.
Para dar este passo, a empresa está em negociação com investidores para uma nova rodada. O plano é fazer uma captação intermediária, na casa dos R$ 1,2 milhão. Como negociações já estão em andamento, é possível que o aporte ocorre até o final deste ano.
Atualmente, a Vela Bikes já tem faturamento na casa de R$ 1,2 milhão (previsão para 2017). O objetivo é dobrar o número de vendas, e fechar 2018 com R$ 1,9 mi.
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