Weinert Gravatas: estampas floridas e moderninhas fazem sucesso| Foto: Jonathan CamposGazeta do Povo

O artesanato era uma paixão antiga de Itamara Weinert. Calhou de ela estar em busca de um complemento de renda quando começou a produção de gravatas florais e com estampas moderninhas para seu filho mais velho usar na igreja. Foi um sucesso. Aos poucos, a Weinert Gravatas vai ganhando ares de negócio.

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Empresária há quase trinta anos, Itamara viu sua distribuidora de cosméticos encolher, nos últimos anos. A chegada de novos produtos da China e o fechamento de várias lojas baqueou o setor. No ano passado, ela começou a procurar um complemento de renda.

Chegou a procurar emprego na indústria têxtil. "Mas depois de você ficar 26 anos dona do seu próprio negócio, é complicado". A ideia das gravatas foi do filho caçula, que queria uma renda extra para pagar a faculdade. Itamara levou o projeto à diante.

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As gravatas foram um sucesso na igreja que a família frequenta e na vizinhança. As estampas floridas, com cores vibrantes, em algodão, chamaram a atenção principalmente do público mais jovem. 

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A venda para os conhecidos garantiu uma renda extra. Mas isso era pouco. Foi aí que Elen entrou na jogada. A nora de Itamara (seu marido foi o primeiro garoto-propaganda da marca) sabia que o futuro do negócio estava na internet. 

Nora e sogra, juntas, começaram a profissionalizar o negócio. Enquanto Itamara se dedicava à costura dia e noite, em paralelo às atividades na empresa de cosméticos, enquanto Ellen começou a traçar planos para criar uma identidade da marca na internet.

Fez parcerias com fotógrafos, modelos, e começou a fazer posts diários no Instagram, para criar um "buzz" da marca. A página no Facebook só foi criada quando já estava tudo pronto: catálogo, preços, estoque. 

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A produção artesanal como diferencial

Itamara chega em casa pouco depois das 16h e produz as gravatas até meia-noite 

As gravatas da família Weinert saem entre R$ 29 (a borboleta infantil) e R$ 49 (adulto, no modelo tradicional). Um preço módico para o padrão do produto. Mas há muitas opções mais em conta. Para se diferenciar, a marca aposta na valorização do artesanal. 

"Existem várias lojas de gravata, algumas vendem muito barato. Mas tem a questão da qualidade: são feitas em linha de produção, a ponteira é diferente, o tecido de trás é diferente do da frente. A gente quer fazer algo diferente", explica Ellen. 

Além disso, elas trabalham com estampas inusitadas. "A gravata floral é uma novidade aqui no Brasil. Muitos sites americanos têm; aqui eu até encontrei numa loja, mas por R$ 360", conta Itamara.

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Novos públicos

Kits “pai e filho” combinam gravatas tamanho adulto e infantil 

A fabricação artesanal trouxe outros tipos de clientes. Caso de noivas, que querem os padrinhos com gravatas no mesmo padrão da roupa das madrinhas. Como a Weinert faz produtos customizados (além daqueles que existem em catálogo), fica mais fácil.

Outra novidade são os kits pai e filho (gravatas tamanho adulto e infantil, no mesmo modelo), ou pai e filha (opção com laços de amarrar na cabeça das crianças). 

Além disso, muitos clientes de outras cidades chegaram pelo Instagram, pela busca das imagens. A Weinert já mandou uma encomenda para os Estados Unidos (como a buscca por hashtags é mais popular por lá, muitos norte-americanos curtem as fotos da marca).

Elas também lançaram a gravata borboleta original, que não vem com o nó feito, a pedido de amantes do acessório. O próximo passo é a criação de uma gravata de madeira, feita de um material similar a um tecido.

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O complemento de renda que virou negócio

Itamara e Ellen: sogra e nora unidas na produção e vendas das gravatas 

Tem pouco mais de um mês que a Weinert começou a operar a pleno vapor. Os lucros ainda são módicos (entre R$ 2 mil e R$ 3 mil). Mas há várias encomendas e previsão de crescer. 

"Começou como um complemento de renda, mas a gente ficou até impressionadas com as vendas do primeiro mês", revela Ellen. Por enquanto elas empreendem em meio período, mas o plano é transformar "em negócio principal, mas sem perder o foco do artesanal". 

Bom para Itamara: "o artesanato sempre foi o meu escape, então eu estou me realizando nas gravatas".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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