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Empreendedorismo

Franquias já criaram 1,1 milhão de empregos em 2018; veja as áreas mais promissoras

Alimentação ainda é o segmento com maior faturamento, mas não é o que mais cresceu | Marco Andre LimaGazeta do Povo/Arquivo
Alimentação ainda é o segmento com maior faturamento, mas não é o que mais cresceu (Foto: Marco Andre LimaGazeta do Povo/Arquivo)

O setor de franchising criou quase 1,2 milhão de vagas de emprego, no primeiro trimestre deste ano. O setor cresceu também em faturamento, chegando à marca dos R$ 38,762 bilhões. Hotelaria e turismo e serviços são os setores que mais cresceram, nos três primeiros meses do ano. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF). 

A criação de vagas foi puxada pelo crescimento do setor, que mostra sinais de recuperação. O faturamento do franchising chegou a R$ 38 bilhões, entre janeiro e março — crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

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O setor que mais se destacou foi o de hotelaria e turismo (com faturamento 14,9% maior do que no primeiro trimestre do ano passado). A presença de estrangeiros no Brasil e de brasileiros no exterior fez mover a engrenagem destas redes. Além disso, o forte investimento em e-commerce foi um destaque deste setor. 

O e-commerce, aliás, é uma presença cada vez mais forte entre as redes de franquias. Quase a metade (42,3%) usam as lojas virtuais como uma canal de vendas, normalmente em parceria com os franqueados, que acavam sendo responsáveis por disponibilizar os produtos vendidos no ambiente virtual. 

Um exemplo é o Boticário que, recentemente, instalou um serviço de "shopbot" em que um "robozinho" vende um produto e o usuário faz a retirada diretamente na loja. Sem necessidade do estoque da própria rede entrar na jogada. 

Altino destacou, ainda, uma característica do setor de franchising: "são todos empregos formais". Nos três primeiros meses do ano, o setor criou 1.199.861 de vagas diretas. Considerando os empregos indiretos, a estimativa é de que as franquias foram responsáveis pela abertura de quase 5 milhões de novos postos de trabalho, neste período. 

"Consideramos este desempenho positivo, pois foi registrado em um período de inflação muito baixa, ao contrário do primeiro trimestre de 2017", avalia o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, sobre o crescimento do franchising no primeiro trimestre. 

A ABF pondera que alguns indicadores macroecônomicos abalaram o quadro, neste período. O desemprego na casa dos 13 milhões, o PIB crescendo abaixo do esperado e a baixa produção da indústria são alguns exemplos. Houve retração de demanda também em vários segmentos do varejo, setor que tem participação importante no franchising.

Novos locais de atuação 

A ideia de franquia como sinônimo de fast food em shopping e varejo em loja de rua vai ficando no passado. Cada vez mais o setor de franchising diversifica sua operação, e isto inclui não só novos setores, como a abertura de unidades em ambientes não tradicionais. 

Um exemplo são os terminais de ônibus, que já representam 0,9% das 144.527 unidades de franquias que existem no país. É mais do que o registro no primeiro trimestre do ano passado. 

As lojas que ficam dentro de supermercados também aumentaram sua fatia. Enquanto a participação de shoppings e lojas de rua diminuiu. 

Os setores que adotam o franchising como um modelo de expansão também vão ficando mais variados. Prova disso é que "hotelaria e turismo" foi o que mais cresceu, em faturamento, no primeiro trimestre deste ano. Mantendo o cresce no mesmo ritmo acelerado registrado em 2017. 

O segmento de entretenimento e lazer, alavancado por brinquedos e games, também se destacou. Foi o terceiro melhor desempenho, com alta de 7,8% no trimestre. A diminuição no endividamento das famílias também ajudou. 

Em faturamento, o segmento de alimentação ainda é o grande líder, e responde por quase um terço de todo o dinheiro que entra no franchising, com R$ 10,59 bilhões no primeiro trimestre. Todos os segmentos da pesquisa da ABF registraram alta em faturamento. Dois deles (o de serviços automotivos; e o de saúde, beleza e bem estar) tiveram queda no número de unidades. 

Confira o crescimento no setor de franchising, no 1.º trimestre, por setor: 

1.º - Hotelaria e Turismo 

Faturamento: + 14,9% 

Unidades: + 4,9% 

Faturamento total: R$ 2,970 bilhões 

2.º - Serviços e Outros Negócios 

Faturamento: + 9,3% 

Unidades: + 1,7% 

Faturamento total: R$ 5,7 bilhões 

3.º - Entretenimento e Lazer 

Faturamento: + 7,8% 

Unidades: + 4,6% 

Faturamento total: R$ 576 

4.º - Alimentação 

Faturamento: + 6,6% 

Unidades: + 0,8% 

Faturamento total: R$ 10,59 bilhões 

5.º - Limpeza e Conservação 

Faturamento: + 6,6% 

Unidades: + 3,2% 

Faturamento total: R$ 307 milhões 

6.º - Serviços automotivos 

Faturamento: + 3,8% 

Unidades: - 1% 

Faturamento total: R$ 1,369 bilhões 

7.º - Casa e Construção 

Faturamento: + 2,2% 

Unidades: + 2,1% 

Faturamento total: R$ 1,976 bilhão 

8.º - Moda 

Faturamento: + 1,8% 

Unidades: + 1% 

Faturamento total: R$ 4,418 bilhões 

9.º - Saúde, Beleza e Bem Estar 

Faturamento: + 1,5% 

Unidades: - 0,5% 

Faturamento total: R$ 7,019 bilhões 

10.º - Serviços educacionais 

Faturamento: + 0,3% 

Unidades: + 1,5% 

Faturamento total: R$ 2,626 bilhões 

11.º - Comunicação, Informática e Eletrônicos 

Faturamento: + 0,1% 

Unidades: + 3,5% 

Faturamento total: R$ 1,209 bilhão

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