O negócio começou com duas kombis de chopes artesanais percorrendo eventos de foodtrucks por todo o Brasil durante oito meses, passou por uma transformação e hoje é a consolidada rede de hamburguerias Mr. Hoppy. No lugar dos veículos, entraram imóveis descolados em endereços estratégicos, com objetivo de integração com a comunidade. Com pouco mais de dois anos, a rede já tem 11 lojas e previsão de faturamento de R$ 10 milhões para 2018, um crescimento de 60% em relação ao resultado do ano passado. Novas inaugurações já estão no horizonte.
O segredo da ascensão está no modelo de negócio no qual apostaram os sócios José Araújo Neto e Vinícius Sampaio: o conceito do “pague e leve”, no qual as unidades são mantidas com o mínimo de pessoal, o que proporciona maior autonomia do cliente. Ele faz o pedido diretamente no balcão e retira seu chope ou hambúrguer. “Quando começamos, queríamos continuar a ser um negócio especializado em chope artesanal. Optamos por agregar hambúrgueres com qualidade e preço acessível, conquistando o público que queria consumir nos foodtrucks, mas eram espantados com os preços astronômicos dos produtos”, afirma Neto.
A primeira loja foi inaugurada em fevereiro de 2016, na rua Mateus Leme, em Curitiba. A expansão da marca aconteceu rapidamente. Em pouco mais de dois anos, o Mr. Hoppy tem 11 lojas: cinco em Curitiba (PR), duas no Recife (PE), duas em Belo Horizonte (MG), uma em São Caetano do Sul (SP) e uma em Joinville (SC), sendo oito próprias e três franquias. Outras duas franquias serão inauguradas em julho e agosto em Foz do Iguaçu (PR) e Mogi das Cruzes (SP), respectivamente.
Com foco na franquia, Mr. Hoppy deverá ter 20 lojas até o fim do ano
Os sócios do Mr. Hoppy não pretendem mais investir em lojas próprias. O grande foco agora é direcionado às franquias. Até o final do ano, o objetivo é ter um total de 20 pontos em várias cidades do país. O processo de abertura de novas unidades, previstas para o segundo semestre, está adiantado em Natal (RN), Salvador (BA) e Itajaí (SC).
Em Curitiba, dois pontos estão em fase de negociação, nos bairros Bacacheri e Portão. Os sócios miram ainda o interior do Paraná, tendo cidades como Cascavel, Maringá e Ponta Grossa como prioridades. Para 2019, os sócios estimam ao menos cinco novas lojas (podendo chegar a dez), e um crescimento de 30% em faturamento.
Uma das características da marca é a parceria com cervejarias locais. Por isso a busca por praças que tenham produtores de chopes artesanais de qualidade, com intuito de valorizar a marca regional e a viabilidade de operação. “Tivemos uma proposta em Fortaleza, por exemplo, mas teríamos que importar o chope de outro estado a um ônus absurdo que pode chegar a 60%, o que impossibilitaria manter o padrão de preços e o conceito”.
O cardápio do Mr. Hoppy é composto por seis opções de hambúrgueres, que variam de R$ 10 a R$ 18, e um mínimo de oito opções de chopes artesanais, a partir de R$ 8. Normalmente acontecem promoções, com chope vendido a R$ 5 ou combo de chope + hambúrguer por R$ 15. As atuais 11 unidades do Mr. Hoppy comercializam mensalmente 55 mil litros de chope (ou 137 mil copos de 400 ml) e 55 mil hambúrgueres.
Ainda dentro do conceito de incentivar o desenvolvimento das áreas de atuação por meio de parcerias com fornecedores locais, fomenta a cultura por meio de oportunidades para bandas regionais, voltadas para rock, blues e jazz. Todas as unidades são pet friendly, reforçando a ideia de integração com a vizinhança.
Valores da franquia
O investimento na franquia do Mr. Hoppy custa a partir de R$ 135 mil. A taxa para obter a licença é de R$ 70 mil, o capital de giro exigido é de R$ 15 mil e é cobrado um valor fixo de royalties no valor de R$ 5 mil. “Esta é uma tendência que as franquias têm seguido e muito vantajosa para o franqueado. Dependendo do volume de vendas, fica muito abaixo dos 5% ou 6% que outros sistemas costumam cobrar”, diz Neto. O faturamento mensal varia de R$ 100 a R$ 300 mil, conforme o imóvel escolhido, assim como a lucratividade, de 20% a 30%. Com um prazo de contrato de três anos, o retorno estimado é de seis meses, em média. As lojas precisam ter um mínimo de cinco funcionários e em cidades habitadas por pelo menos 100 mil pessoas.