Fundador da Easy Taxi, aplicativo pioneiro no transporte de passageiros, o brasileiro Tallis Gomes acaba de receber R$ 10 milhões em investimento em sua nova startup. A Singu, plataforma que conecta profissionais da beleza a clientes, funcionava desde sua criação, em 2015, com recursos próprios. Com o aporte, a empresa pretende consolidar sua liderança no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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O nome dos investidores não foi revelado, por motivos contratuais. Mas Tallis disse à Gazeta que "duas famílias que dominam o segmento de beleza nas Américas" lideraram a rodada.
A Singu é uma plataforma que reune trabalhadores do setor de beleza, com serviços como manicure, pedicure, massagem e depilação. Os clientes agendam hora e local, e pagam pelo serviço por meio do aplicativo. A startup fica com 30% de comissão.
O dinheiro do investimento será usado para "ganhar mercado e garantar a liderança" da Singu "onde importa". Na prática, significa consolidar a presença nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o serviço já é oferecido.
As contratações devem ser na área de growth e desenvolvimento para, respectivamente, aumentar a base de usuários e ter infraestrutura que dê conta deste crescimento. A previsão é dobrar o tamanho da equipe, que conta atualmente com 30 pessoas.
Até agora, o dinheiro investido na Singu era todo de capital próprio. O produto entrou no ar no final de 2015, quase 2016.
Como esta é a primeira rodada externa de investimento, é considerada como "seed", ou "capital semente", gíria das startups para quando uma empresa recebe um aporte um pouco mais volumoso (do que o de um investidor anjo, por exemplo), quando já está em fase de crescimento acelerado, com um modelo de negócios um pouco mais estruturado.
A Abihpec, que reúne indústrias do setor de higiene, perfumaria e cosméticos, estima que o consumidor brasileiro gaste US$ 29,3 milhões ao ano com produtos de higiene e beleza.
Digitalizar um setor milionário
O espírito da Singu é similar ao que a Easy tinha em sua origem. Na época, chamada "Easy Taxi", a startup levou tecnologia a um setor que há décadas vivia no mundo analógico — o de táxis.
Da mesma forma, a Singu mira o bilionário segmento de beleza. Levando em conta a regra do vórtex da inovação, de que "tudo que pode ser digitalizado, será digitalizado", propõe tecnologia em um segmento dominado pela informalidade.
Tallis conversou sobre este desafio com a Gazeta, em outubro do ano passado. A Singu mira o profissional que hoje trabalha em salão, e que já tem que pagar uma comissão para trabalhar. A diferença é que num salão de beleza ele paga 70% e fica com 30%, e na plataforma este ganho se inverte, segundo o empreendedor.
O consumidor brasileiro é um dos que mais gasta com beleza no mundo. A Abihpec, que reúne indústrias do setor de higiene, perfumaria e cosméticos, estima que o Brasil seja o quarto país consumidor de higiene e beleza, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão. São US$ 29,3 milhões por ano gastos em produtos.
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