O “ponteiro” do Índice Geral do Mercado Imobiliário (IGMI-R), medido pela Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) em parceira com o Ibre, da FGV, quase não mexeu no último mês de abril. O pequeno recuo de 0,05% em relação a março é considerado pela entidade um sinal (o quarto desde o início de 2017, aliás) de desaceleração na queda dos preços dos imóveis residenciais no país.
Em outras palavras, considerando dados de mais de 4 mil municípios levantados pelo IGMI-R, o valor dos imóveis residenciais continua caindo no Brasil, mas em ritmo bem menor, próximo da estabilidade. Assim, a queda acumulada nos preços dos imóveis residenciais em 12 meses no país arrefeceu e passou de -1,86% para -1,82%.
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Esse dado do IGMI-R difere de outros levantamentos de preços porque é calculado com base nos laudos dos apartamentos e casas financiados pelos bancos no país, ou seja, no valor nominal pelo qual esses imóveis, novos e usados, foram aceitos pelas instituições financeiras. Ao considerar os preços nominais dos imóveis residenciais, o índice também ignora a inflação oficial, que foi de 0,14% de março para abril, segundo o IPCA.
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Das nove capitais para as quais é gerado um IGMI-R específico, Curitiba é a que teve a maior variação positiva nos preços dos imóveis residenciais de março para abril: 0,31%. No ano, a capital paranaense acumula alta de 0,61%, mas ainda apresenta uma queda de -0,07% em 12 meses.
Situação diferente daquela verificada entre 2014 e 2016, quando a capital paranaense liderou o recuo nos preços entre as capitais pesquisadas pelo índice, com redução acumulada -7,7% nos preços dos imóveis residenciais no período.
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De março para abril, Fortaleza (0,19%) e São Paulo (0,04%) também apresentaram crescimento no índice, enquanto Belo Horizonte (-0,47%), Porto Alegre (-0,73%), Salvador (-0.26%) e Goiânia (-0,12%) apresentaram queda expressiva nos preços nominais dos imóveis residenciais. Rio de Janeiro e Recife quase não tiveram variação de março para abril.
Na avaliação da Abecip, “os resultados de abril podem ser interpretados como resultantes de alguma volatilidade em torno da tendência de arrefecimento no ritmo de queda nos preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil”.
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Para a entidade, “esta volatilidade reproduz as incertezas acerca da retomada do nível de atividade econômica no país, para as quais contribuem os desdobramentos do quadro político”. A Abecip também ressalta que “uma vez que o cenário desenhado pela queda consistente da inflação e dos juros ainda está mantido, estas incertezas parecem por enquanto apenas adiar um pouco a retomada mais robusta do crescimento da economia”, que devem contribuir para uma estabilidade nos preços dos imóveis residenciais.