Segundo o Índice FipeZap, que acompanha o valor médio do metro quadrado de apartamentos prontos em 20 cidades brasileiras, os preços de venda dos imóveis continuam caindo em 2018, ainda que em ritmo mais lento do que nos anteriores. Dados fechados em abril mostram uma queda real de 1,09%, diante de uma inflação acumulada nos primeiros quatro meses deste ano de 1%.
Nos últimos 12 meses, o recorte dos imóveis residenciais, por exemplo, mostra uma queda real de 0,70% nos preços das unidades das 20 cidades pesquisadas. Uma das exceções foi Florianópolis, onde a variação observada em um ano (4,94%) supera a inflação acumulada (2,85%) do mesmo período.
Conforme a Gazeta do Povo mostrou em abril, projeções da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc) feitas em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que o setor espera um crescimento na venda de unidade em 2018, de 15%, mas que o preço dos imóveis, em geral, não deve subir. Se as estimativas da Abrainc forem confirmadas, o mercado imobiliário voltará ao mesmo nível de vendas registrado em 2014, antes do aprofundamento da crise econômica nacional, com destaque para os imóveis mais baratos. É que segundo as projeções da Fipe e Abrainc, o programa Minha Casa Minha Vida deve responder por 64% das vendas em 2018, ante 42% em 2014.
Os fatores para esse cenário de quase estabilidade do mercado imobiliário, com um cenário mais quente em uma ou outra cidade, são a falta de uma geração de empregos mais vigorosa e o nível de confiança dos consumidores que ainda continua baixo.
Rio de Janeiro continua com o preço médio mais alto
A capital fluminense continua tendo o metro quadrado mais caro do FipeZap: R$ 9.641. Logo em seguida, vêm as cidades de São Paulo (R$ 8.374/m²) e Distrito Federal (R$ 7.735/m²). O valor médio de venda dos imóveis residenciais das 20 cidades pesquisadas ficou em R$ 7.546 por metro quadrado.