A Receita Federal abre nesta quarta-feira (8) a consulta ao sexto lote da restituição do Imposto de Renda (IRPF). Contribuintes poderão acessar os dados a partir das 9 horas da manhã da data.
De acordo com o órgão, esse lote contempla 2.358.433 contribuintes, totalizando mais de R$ 2,8 bilhões. O lote também inclui restituições residuais dos exercícios de 2008 a 2016.
Neste lote, o crédito bancário para 2.428.985 contribuintes será realizado na quinta-feira da semana que vem (16), totalizando o valor de R$ 3 bilhões.
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Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita na Internet, acessar o aplicativo móvel ou ligar para o Receitafone (146). Na consulta à página da Receita, serviço e-CAC, é possível acessar o extrato da declaração e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da Internet, mediante Formulário Eletrônico ou diretamente no e-CAC.
O que fazer com o dinheiro da restituição? Confira três dicas:
1. Criar uma reserva de emergência
A restituição do IR que vem agora pode ser a oportunidade que você precisava para começar a sua reserva de emergência. Especialistas sugerem que a reserva deve ser equivalente a algo entre seis meses a um ano de renda.
O destino mais comum da reserva de emergência é apoupança. O problema é que a taxa básica de juros está em trajetória de queda e, desde setembro, ela está rendendo menos: 70% da Selic mais TR.
Corretoras independentes como a Rico e a Empiricus, e a plataforma de gestão automatizada de investimentos Verios, indicam como melhores opções para o bolso o Tesouro Selic e os fundos DI. Ambos permitem o resgate a qualquer momento e protegem bem o dinheiro com rendimento atrelado à taxa básica de juros.
Só é preciso cuidar com a taxa de administração — e aí a dica é fugir dos grandes bancos. Boa parte das corretoras independentes não cobra taxa para operações com o Tesouro e algumas já oferecem taxas abaixo os 0,5%. Reduzir a mordida dos gestores nessa reserva tão importante é crucial.
Saiba mais em nossa reportagem: Duas opções onde a reserva de emergência rende mais do que na poupança.
2. O início de um plano de aposentadoria
O quanto poupar e por quanto tempo vai depender do orçamento e estilo de vida de cada um. Dois cálculos do sócio do Grupo L&S, de educação financeira e assessoria em investimentos, Leandro Ruschel, podem te ajudar nesse plano: um que garantirá o pagamento das despesas indefinidamente, e que consequentemente exigirá um pé-de-meia inicial maior; e outro que garantirá o orçamento doméstico por um determinado tempo e que demandará uma largada menor.
Entenda o cálculo:
Digamos que você tenha um custo de vida de R$ 10 mil por mês e que hoje seja possível conseguir um ganho de 6% ao ano sobre a inflação. Nesse caso, a renda necessária, anualizada, seria de R$ 10 mil vezes 12, ou seja, R$ 120 mil. Para gerar essa renda é preciso [acumular de início] R$ 2 milhões, que é dado pela fórmula R$ 120.000,00/0,06.
Veja, em detalhes, todas as dicas para garantir uma boa aposentadoria.
3. Um dinheirinho para realizar um sonho
Comprar uma casa, um carro, fazer uma viagem? Se você quer usar o dinheiro da restituição para realizar um sonho, duas dicas são o Tesouro Direto e o CDB.
Tesouro Direto
Ouça nosso podcast sobre como investir no Tesouro Direto
Os títulos públicos são papéis emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do país. Ao comprar um papel deste, é como se o investidor estivesse emprestando dinheiro ao governo – e recebendo juros por isso.
Há três tipos de títulos: os prefixados, os ligados à inflação e os ligados à Selic, a taxa básica de juros do país. Há, também, diferentes datas de vencimento. A escolha certa vai depender principalmente do quanto você tem disponível para investir e de quanto tempo pode esperar.
De forma geral, analistas indicam como melhor escolha, para 2017: os prefixados, que pagam juros de acordo com um vencimento fixado de antemão; e aqueles atrelados ao IPCA, que cobram a inflação do período e tendem a ter valorização real de mais de 5%.
CDBs
As aplicações em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são conservadoras, remuneram com um porcentual da taxa DI (formada pelos juros pagos entre bancos e próxima da taxa básica de juros, a Selic). Aqueles que rendem próximo de 100% da DI são boas opções, e há vários nesse patamar em instituições confiáveis.
Os maiores rendimentos são proporcionais aos riscos e à carência para sacar o dinheiro. Os riscos de um calote são baixos, já que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) assegura aplicações de até R$ 250 mil por CPF para esse tipo de ativo.
Já em relação ao prazo, os CDBs seguem uma tabela regressiva do Imposto de Renda, ou seja, quanto mais longo o prazo, maior o ganho. A tabela vai de 22,5% do rendimento para um prazo de seis meses a 15% para um prazo de dois anos.