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Finanças pessoais

Saiba como garantir uma boa aposentadoria com o Tesouro Direto

Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do país. É o jeito de o governo pegar dinheiro emprestado diretamente do cidadão, remunerando-o muito bem por isso. | Bigstock
Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do país. É o jeito de o governo pegar dinheiro emprestado diretamente do cidadão, remunerando-o muito bem por isso. (Foto: Bigstock)

Dado o desafio de poupar e investir para uma boa aposentadoria, o único atalho possível nessa tarefa é procurar as melhores aplicações. Embora o principal conselho dos especialistas para isso seja o de montar um pacote diversificado de investimentos, o segundo conselho é fugir da poupança. E os títulos públicos do Tesouro, com investimentos a partir de R$ 30, são uma ótima opção para fazer essa mudança.

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É preciso, porém, que o cidadão assuma uma posição mais ativa em relação a sua vida financeira, já que o Tesouro Direto, ao contrário de opções como a previdência privada, exige acompanhamento constante e estratégia.

Custos são bem mais baixos que os de outras aplicações. Entenda: 

VÍDEOS: Saiba mais sobre cada tipo de título do Tesouro

Títulos públicos são ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do país. É o jeito de o governo pegar dinheiro emprestado diretamente do cidadão, remunerando-o muito bem por isso. 

De forma geral, o Tesouro Direto é o campeão dos campeões do investimento seguro no mercado financeiro brasileiro. Serve de motor para o surgimento de corretoras e instituições cada vez mais descomplicadas e econômicas, e agrega investidores ano após ano.

O último balanço do Tesouro Nacional, divulgado nesta sexta-feira (23), mostra que o estoque de recursos aplicados no Tesouro Direto atingiu um estoque de R$ 45,6 bilhões em maio, o maior da série histórica. 

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Para o investidor, em específico, a diferença para a poupança é gritante: uma aplicação em um título público tem rendido cerca de 0,9% ao mês, acima dos 0,5% da poupança. A poupança, aliás, só voltará a ter alguma “credibilidade” em termos de investimentos, quando os juros caírem muito mais, para 8% ou 7%. 

Embora a maior parte das aplicações feitas no Tesouro seja de curto prazo — 78,6% dos contratos apurados até maio tiveram prazo entre 5 e 10 anos — e também de valores mais baixos — 75,4% corresponderam a investimentos de até R$ 5 mil — , uma dica para quem olha para o Tesouro Direto de olho na aposentadoria é apostar mais alto. Um valor maior em um título pré-fixado (LTN) pode render, no final do prazo (e somente no final do prazo, não retire antes!) uma bolada e tanto, graças ao “milagre” do juros sobre juros. 

Pelo simulador da plataforma de gestão automatizada de investimentos Vérios, por exemplo, é possível ver uma simulação com R$ 10 mil num pré-fixado com vencimento para 2023. Se o investidor aplicar esse montante e esperar até o fim, o valor total do investimento será de R$ 17,4 mil. 

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Detalhe: os pré-fixados também são bons para quem aposta na queda da Selic (cenário que, até o estourou da crise política em Brasília, era o esperado para o Brasil), porque vão garantir uma rentabilidade, lá no final, acima de outros investimentos do mercado que acompanham a taxa básica de juros mais de perto. 

Para quem pode esperar mais de cinco anos, uma outra opção dentro do Tesouro são os títulos IPCA 2024. Esses títulos remuneram a inflação do período e mais uma taxa predefinida que está em torno de 6% ao ano. Em outras palavras, protegem o seu dinheiro dos efeitos da inflação

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No simulador da Verios, os mesmos R$ 10 mil poderão resultar num bolo final de R$ 15 mil (na projeção mais pessimista) a R$ 24 mil (na mais otimista). Essa variação na projeção é maior nos títulos atrelados à inflação do que nos pré-fixados. 

A tal postura ativa

Lá no início, eu disse que o Tesouro Direto exige uma postura ativa e estratégia porque é possível ter investimentos de diferentes prazos correndo em paralelo, alguns mais, outros menos influenciados pela economia.

E daí cabem dois conselhos repetidos à exaustão pelos especialistas. O primeiro é que, apesar de extremamente seguros, os títulos oscilam, sim, com movimentações do mercado, então não se desespere ao olhar as variações diárias, e espere o prazo final de retirada. Esse conselho vale especialmente em situação de crise. Lembra de quando o último escândalo de Brasília, a delação da JBS que atingiu o presidente Michel Temer em cheio, estourou em Brasília? A orientação geral era de que os investidores deviam “manter suas posições”. Isso, no jargão financeiro, quer dizer não fazer nada enquanto a situação não ficar mais clara.

O segundo conselho, e que explica porque é necessário um acompanhamento constante, é que quando um título chega ao final do prazo é preciso já ter bem pensado um novo título ou outro tipo de investimento para reaplicar o rendimento conseguido. Lembre-se: dinheiro parado é o fim quando falamos de investimento.

Custos são bem mais baixos que os de outras aplicações

No Tesouro Direto há dois custos: a taxa de custódia, de 0,3% ao ano, e a taxa de administração da corretora. Nesse último caso, é cada vez mais comum que as instituições habilitadas deixem de cobrar essa taxa. Entre as mais de 70 citadas no site do Tesouro Direto, 15 não cobram a taxa. Além desses dois custos, também é importante lembrar que é descontado o imposto de renda sobre o lucro obtido com o Tesouro na hora do resgate. Confira:

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Saiba mais sobre cada tipo de título do Tesouro nos vídeos abaixo:

Títulos pré-fixados
Títulos pós-fixados atrelados à Selic
Títulos pós-fixados atrelados ao IPCA (IPCA +)

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