Na fase entre os 20 e 30 anos pode ser muito difícil administrar o dinheiro. Não é á toa que muitos jovens cometem erros importantes que afetam seu potencial sucesso financeiro no futuro. Confira quase são os principais erros com dinheiro que os jovens nessa faixa etária cometem e o que fazer para evitá-los.
1. Imediatismo
“Ser imediatista, é um erro evidente entre jovens até 30 anos”, afirma o consultor financeiro da W1 Finance, Rômulo Freire. Segundo ele, os jovens tendem a não pensar a longo prazo, o que atrasa ou até impede o sucesso financeiro. O consultor afirma que o ideal é o jovem pense no futuro, desde investir em uma aplicação a longo prazo, de 10 anos ou mais, até se planejar para uma viagem que vai acontecer dentro de dois anos, por exemplo. O especialista explica que é comum atitudes imediatistas não planejadas quando se está começando e não tem muita coisa em jogo ou não há muito a perder. Contudo, isso não é justificativa e, melhor, é reversível.
De acordo com Marcos Melo, professor do Ibmec/MG, a falta de planejamento é o principal erro dos jovens. “O jovem não pensa que vai ficar velho. Tem tanta energia que não planeja seu futuro financeiro e quer viver apenas o agora”, diz.
Ele sugere que o jovem guarde uma quantia por mês. Cerca R$ 50 já é o suficiente para começar, mas quanto mais conseguir poupar melhor. E o dinheiro guardado deve “ficar trancado com chave (psicológica). É como se esse dinheiro não existisse”, afirma.
Outro erro dos jovens é “achar que a vida começa após os 30 anos, e que o tempo que resta após os 30 anos será suficiente, e, por isso, não é necessário se planejar antes disso”, explica a professora de economia da FECAP, Juliana Inhasz. O planejamento deve acontecer o quanto antes, pois torna o sacrifício das pessoas menor.
2. Comprar um carro
O jovem quando começa a ganhar dinheiro, geralmente, quer comprar um carro. “Um tremendo erro”, analisa Melo. Segundo ele, ter um carro hoje em dia não é necessário. “Ter um veículo traz apenas gastos. Sem ganhos. Tem manutenção, impostos, seguro...não vale a pena”, afirma.
A opção é alugar um carro quando for fazer uma viagem longa. “Alugar sai muito barato, porque será um custo esporádico, isso se o jovem não puder usar o carro dos pais emprestado, por exemplo”, diz.
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Além disso, a professora de economia da FECAP, Juliana Inhasz afirma que não é interessante “comprometer parcelas significativas da renda com prestações, trocando constantemente o carro, por exemplo”.
Segundo ela, dividir em prestações é uma opção interessante de pagamento para aqueles que não conseguem pagar à vista, mas é importante lembrar que o parcelamento apresenta elevadas taxas de juros. “Não é porque o financiamento cabe no bolso que é vantagem aderir a um plano de pagamento como este. É importante ponderar a opção de compra e pensar se realmente é necessário efetuá-la”, orienta.
3. Não se preocupar com o endividamento porque o salário é elevado
As dívidas devem ser controladas mesmo que o jovem tenha um salário considerado alto. “Os salários altos não são garantia de renda elevada por toda a vida”, alerta a professora de economia da FECAP, Juliana Inhasz. É mais importante garantir um padrão confortável ao longo da vida, do que apenas em períodos isolados do tempo. E para isso, novamente, o planejamento é a chave do sucesso.
4. Negligenciar a relação risco-retorno dos investimentos
Os jovens costumam se iludir com as possibilidades de ganhos rápidos e fáceis que muitos investimentos prometem, esquecendo que maiores retornos embutem maiores riscos. “No geral estes casos acabam propiciando situações onde os riscos são mais elevados e as perdas podem ser abruptas”, explica Inhasz. Neste cenário turbulento e incerto, é preciso redobrar a atenção com os investimentos para evitar riscos e perdas desnecessários. O especialista em Finanças Teco Medina e a planejadora financeira Luciana Seabra dos Anjos para os diferentes perfis de investidores – do pequeno ao grande – a partir do atual momento político e econômico do país. Ouça o podcast.