O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira que os blocos de petróleo e gás arrematados na oitava rodada de leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis antes da suspensão da concorrência por uma medida judicial não ficarão com as empresas que venceram as disputas.

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"O Brasil cumpre rigorosamente seus contratos, mas não houve contrato nenhum assinado em relação à oitava rodada, portanto, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) deliberou não levar o leilão adiante. Como o CNPE resolveu anular a licitação e quem arrematou não teve os procedimentos complementares, portanto, não leva", disse Lobão.

Antes da suspensão, foram arrematados blocos localizados na Bacia de Santos, na região identificada mais tarde como sendo a do pré-sal.

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A partir de 2009, o governo passou a discutir um novo modelo de partilha de produção que foi posteriormente aprovado pelo Congresso. Na oitava rodada ainda vigorava o modelo de concessão de áreas.

Mistura

Sobre a redução da mistura de etanol anidro na gasolina, o ministro afirmou que a iniciativa foi tomada para conter a alta no preço do álcool e garantir o abastecimento no mercado interno.

Na segunda-feira, o governo decidiu reduzir de 25 por cento para 20 por cento a mistura a partir de 1º de outubro, em meio a uma oferta apertada do biocombustível no país.

Lobão não descartou a necessidade de a Petrobras continuar importando "um pouco mais" de gasolina para atender a demanda interna.

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"A Petrobras vai importar um pouquinho mais, não muito, mas é importante lembrar que ela exporta petróleo e importa, e isso vale para o etanol também. É um processo de mão dupla", disse o ministro.

"A redução tem como objetivo garantir que o meu e o seu automóvel tenha o abastecimento garantido sem nenhum percalço. Estou convencido que tínhamos que pisar no freio desta alta. Se não fizesse isso, o preço continuaria subindo", acrescentou.