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Energia

Lobão diz que petróleo do pré-sal custa em torno de U$ 50 o barril

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, minimizou nesta sexta-feira o impacto que a queda do preço do petróleo teria nos projetos de exploração da camada pré-sal do país, afirmando que a cotação pode cair até 40 dólares o barril sem comprometer os investimentos.

"O aumento dos preços do petróleo era exorbitante, e qualquer que sejam os custos de extração seguirão sendo baratos em comparação com os preços atuais", disse, agregando que a extração do petróleo do pré-sal "não deveria custar mais do que 40-50 dólares o barril".

Nesta sexta-feira, o petróleo norte-americano rompeu a barreira psicológica de 80 dólares pela primeira vez em um ano, chegando a ser cotado a 78,61 dólares o barril, enquanto o Brent está em torno de 76 dólares o barril.

Este ano, o petróleo nos EUA atingiu um valor recorde acima de 147 dólares o barril, mas vem caindo com a crise financeira global, que trouxe incertezas em relação ao crescimento da economia mundial.

Lobão afirmou que ainda mantém a data de 30 de outubro para que a comissão interministerial entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugestões para um novo marco regulatório.

Ele disse que o Brasil irá respeitar os contratos atuais, mas afirmou não ter ainda uma decisão fechada sobre as novas medidas que serão tomadas.

A Petrobras descobriu no ano passado reservas gigantes de petróleo sob uma espessa camada de sal na costa brasileira, que podem colocar o Brasil entre os principais produtores mundiais da commodity.

Assim, o governo brasileiro decidiu que serão necessárias novas regras para exploração das reservas não licitadas, visando maior remuneração.

Lobão disse que o governo ainda não decidiu se vai criar uma empresa 100 por cento estatal para administrar os recursos do pré-sal, idéia que apóia, e afirmou que a alternativa seria o governo aumentar a participação na Petrobras.

"O melhor seria ter uns 150 por cento", brincou Lobão ao ser perguntado até quanto o governo poderia ter na Petrobras.

Apesar de ser controlada pelo governo, a Petrobras tem uma grande quantidade de ações no mercado brasileiro e norte-americano.

Lobão participou de uma reunião com empresário portugueses e brasileiros em Lisboa, na qual elogiou a presença da portuguesa Galp Energia em vários blocos de bacia de Santos, onde se encontram os principais blocos da camada pré-sal.

Somente em dois dos sete poços da Petrobras e parceiros a previsão é de reservas de até 12 bilhões de barris, o que dobraria o total de reservas atuais do país.

A Galp tem participação de 10 por cento no campo de Tupi, o maior descoberto até o momento, assim como fatias nos campos de Júpiter e Iara. Outros sócios da estatal brasileira nesses e em outros blocos incluem a britânica BG Group, a espanhola Repsol e a norte-americana ExxonMobil.

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