Apagão no DF deixa ministérios e Planalto às escuras

A cidade de Brasília enfrentou um apagão ao longo desta quinta-feira (4). A Esplanada dos Ministérios enfrentou momentos de caos no início da tarde por causa da interrupção do fornecimento de energia por volta das 13h15. A sessão do STF), que julga o mensalão, começou atrasada e iluminada por geradores. O Palácio do Planalto também ficou sem luz, mas o problema não foi sentido no prédio principal, porque foram acionados geradores.

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No Paraná, "apagão" afetou 380 mil consumidores

A queda de energia que atingiu pelo menos cinco estados brasileiros nesta quarta-feira (3) afetou 380 mil consumidores no Paraná. Balanço divulgado pela Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) aponta que a interrupção durou 45 minutos, entre 20h55 e 21h40, e deixou sem luz cerca de 9% das ligações do estado.

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira que a sequência de apagões que afetaram o país nos últimos dias é "mera coincidência". Na última quarta-feira (7), uma queda de energia afetou 380 mil consumidores no Paraná e pelo menos cinco estados brasileiros. Nesta quinta-feira um novo blecaute atingiu parte da região sudeste e cerca de 70% dos consumidores do Distrito Federal ficaram sem luz.

Mesmo considerando os casos "acidentes", Lobão determinou a criação de um grupo de trabalho específico para desenvolver sistemas de prevenção para o setor elétrico daqui para frente. "Recomendei a formação de um grupo-tarefa para fazer avaliação geral do sistema de transmissão e distribuição para efeito da prevenção de acidentes dessa natureza. Técnicos de Furnas, empresas do sistema elétrico, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Eletrobras", disse o ministro. "Nosso sistema é bom. É firme, é forte. Mas ele está sujeito a incidentes dessa natureza. Sempre que ocorre episódio semelhante, retiramos lições úteis para aquele determinado ponto. O que desejamos é que não haja esse tipo de acidente."

A queda de energia da quarta-feira foi interrompida por 45 minutos, entre 20h55 e 21h40, e deixou cerca de 9% dos consumidores do estado sem luz. De acordo com informações do ONS, a queda de energia foi provocada por um curto-circuito seguido de incêndio na subestação de Furnas de Foz do Iguaçu, no sudoeste do estado.

Segundo informações da Companhia Paranaense de Energia, Copel, o desligamento de energia ocorreu por determinação do ONS. A queda de energia foi provocada para que o sistema fosse restabelecido, gerando assim um alívio na carga.

A companhia diminuiu cerca de 7% da energia em todo o estado por meia hora. O desligamento provocado possui ordem de prioridade, de acordo com a Copel, e locais como delegacias, meios de comunicação e hospitais não foram prejudicados.

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Com o apagão, as regiões que tiveram mais número de afetados foram Curitiba e a região do Litoral. Cerca de 114 mil consumidores tiveram problemas em todo o Paraná. No Norte do estado, a região de Londrina teve 110 mil afetados. No Noroeste, próximo a Maringá, 85 mil consumidores registraram problemas na energia. No Sudoeste 52 mil foram atingidos pelo blecaute e o Centro-Sul contabilizou 14 mil consumidores afetados.

Segundo Hermes Chipp, diretor-geral do ONS, ainda está em elaboração o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) que apontará as reais causas do apagão de quinta-feira, assim como o número exato de consumidores que foram afetados pelo blecaute. Lobão prevê que o RAP ficará pronto em dez dias.

Segundo Chipp, a origem do apagão de quarta-feira foi um defeito em um equipamento de Furnas, que não suportou uma sobrevoltagem e resultou em um incêndio que afetou diversos transformadores. "Temos um esquema automático de alívio de carga em cinco estágios, que interrompe cargas consideradas pelas distribuidoras menos essenciais do que outras. Ramais com hospitais e linhas de metrô, por exemplo, são preservadas. Esse esquema atuou corretamente desligando praticamente quase 6% da carga nacional", disse Chipp.

Flavio Decat, presidente de Furnas, disse que o equipamento que falhou estava com manutenção em dia. "O equipamento falhou, ele deveria suportar essa sobretensão", disse Decat.

Furnas foi multada pelo apagão de 2009, que deixou boa parte da região centro-sul do país no escuro. Pelas linhas da empresa, segundo Decat, passa 40% da energia elétrica do Brasil.

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Outros estados

Em São Paulo, a Eletropaulo, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica em 24 cidades do Estado, informou que o corte durou entre 2 e 5 minutos e atingiu pelo menos oito cidades da Região Metropolitana. Na capital, ficaram sem energia elétrica alguns bairros das zonas sul e leste. Na Grande São Paulo, foram afetados 695 mil clientes.

No Rio de Janeiro, ficaram sem energia alguns bairros da capital fluminense e municípios da Baixada e da Região Metropolitana, como Niterói e São Gonçalo. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária Ampla, que atende as cidades de Niterói, São Gonçalo e da Região dos Lagos, a interrupção no fornecimento começou às 20h55. Em 80% das cidades cobertas pela Ampla, a falta de energia durou aproximadamente 15 minutos e, nas demais, a interrupção foi por cerca de 30 minutos. A energia foi totalmente restabelecida pouco antes das 21h30.

Na área coberta pela Light, a queda de energia atingiu algumas subestações do município do Rio, além de Nova Iguaçu, Itaguaí e Seropédica, na Baixada Fluminense. A interrupção no fornecimento não chegou à zona sul da capital fluminense nem no centro financeiro do Rio.

Em Minas Gerais, a Cemig informou que a falta de luz atingiu vários municípios do Estado, entre eles Sete Lagoas, Uberaba, Patos de Minas, Uberlândia, Lavras, Caxambu e Ribeirão das Neves.

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O ONS informou ainda que a queda da energia no estádio Centenário, em Resistência, na Argentina, onde jogariam as seleções do Brasil e da Argentina, não está relacionada com problema em Furnas.