O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que conseguiu fazer com que os consórcios que disputaram o leilão da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (em Rondônia), chegassem a um entendimento para evitar uma batalha jurídica em torno do projeto. "Os dois consórcios se entenderam e vão aguardar agora a manifestação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ibama", disse Lobão, afirmando que as empresas acordaram que o que for decidido por estes dois órgãos será acatado.

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Segundo Lobão, essa espécie de acordo foi fechada na quinta-feira em reunião entre ele e os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do grupo Suez no Brasil, Maurício Bähr. A Odebrecht lidera o consórcio Jirau Energia, que vinha ameaçando ir à Justiça para questionar a proposta do consórcio vencedor do leilão, Energia Sustentável do Brasil, liderado pela Suez, de construir a usina de Jirau em um local nove quilômetros distante do que estava previsto no edital. A mudança precisa do aval da Aneel e do Ibama para ser colocada em prática.

Lobão participa nesta tarde de uma reunião com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, com quem tratará da política brasileira de energia nuclear. Mais tarde, às 16h30, haverá uma reunião mais ampla com outros ministros para tratar do mesmo assunto. Segundo Lobão, não será discutido nessas reuniões de hoje nenhum tema referente às reservas petrolíferas da camada pré-sal. "Só vamos falar de energia nuclear hoje", disse o ministro, que não quis comentar o que exatamente poderá ser decidido hoje em termos de energia nuclear.

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Itaipu

Lobão afirmou ainda que "está fora de questão" aumentar o preço que o Brasil paga para comprar a parte do Paraguai da energia de Itaipu. "O que está sendo pago por essa energia é o preço praticado internamente no Brasil, cerca de US$ 47 por megawatt-hora, que é mais ou menos o custo da energia de Jirau", disse o ministro. Ele lembrou que existe um tratado entre os dois países, que está sendo cumprido. Apesar de o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, ter sido eleito defendendo o reajuste da energia de Itaipu, Lobão disse que até o momento o país vizinho não apresentou nenhuma proposta formal nesse sentido.