Em meio à tendência de ampliação das fontes de receita das videolocadoras, a mais antiga delas em atividade no país, a curitibana Vídeo 1, completou em maio 25 anos se mantendo fiel à mesma filosofia: alugar filmes, sem essa de vender pipoca e bonequinho do Shrek. Com duas lojas em Curitiba, uma no bairro Mercês e outra no Batel, a empresa pode se orgulhar de ter sobrevivido a todas as fases pelas quais já passou esse mercado – não se pode dizer o mesmo das duas locadoras brasileiras que surgiram antes dela.

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O mais recente estágio, a substituição das fitas VHS pelo DVD, vem sendo feito de maneira um pouco mais cuidadosa ali do que em outras locadoras. Filmes antigos ainda sem versão digital, que nas concorrentes seriam sumariamente descartados por terem baixa procura, não deixam tão facilmente o acervo da Vídeo 1. E mesmo alguns dos que já estão disponíveis em DVD podem ter a esperança de permanecer nas prateleiras em sua versão VHS, caso dos filmes clássicos e dos europeus. Tudo para não decepcionar a clientela. "Nosso público são os cinéfilos. Eles podem até querer o último Batman, mas querem também os iranianos ou aquele filme de arte que não encontram em outros lugares", explica o gerente da loja do Mercês, Gérson Luiz da Silva.

Ele estima que, apesar da estabilidade nas locações em relação a 2004, o mercado permanece favorável. A estagnação seria, segundo Gérson, conseqüência natural da grande diversidade de opções de lazer existentes hoje, como internet, tevê a cabo, videogame e o próprio cinema. Quando à pirataria, a locadora não teria grandes motivos para preocupação. "Sentimos pouco seus efeitos, porque quem compra DVD pirata na rua ou baixa filmes da internet está interessado nas novidades, e nosso público não quer saber só da novidade." (FJ)

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