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Os lançamentos de imóveis cresceram 15,4% no primeiro semestre, comparativamente a igual período de 2018, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). As vendas aumentaram 12,1%. Definitivamente, a crise é coisa do passado para o setor.

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A recuperação do mercado imobiliário e a expectativa de aceleração do crescimento daqui para frente têm criado uma situação inusitada: os bancos começaram a correr atrás das incorporadoras para oferecer empréstimos para a construção de novos empreendimentos, de acordo com o economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, que também é presidente da comissão imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). "Os bancos têm procurado o incorporador", destacou.

No acumulado de janeiro até agosto, os financiamentos imobiliários com recursos da caderneta de poupança registram alta de 26,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Os desafios, contudo, não param e o processo de crescimento vem acompanhado de pressão por transformações. Startups, como a QuintoAndar, estão entrando no segmento com maior vigor. Construtoras, como a MRV, desenvolvem projetos com o foco de locação.

Mudança forçada

“O momento é de transformação. A nova economia veio para ficar e isso vai ter impactos no mercado imobiliário”, diz Fernando Gonçalves, presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI). A entidade se reúne até sexta, em Curitiba, para debater os desafios para o segmento. “Somos um segmento tradicional que vai ter de mudar.”

Uma das alternativas, segundo o dirigente empresarial, é a realização de investimentos em tecnologia, que tornem menos burocráticos os processos de compra e locação de imóveis.

As expectativas para os próximos meses são favoráveis. Um dos fatores que estimula o mercado imobiliário é a queda da Selic. Gonçalves lembra que isto tem um duplo impacto: de um lado, atrai o investidor, que busca alternativas mais rentáveis para aplicar seu dinheiro; de outro torna mais barata a realização do sonho da casa própria.

Outro fator é a retomada da confiança na economia. Segundo a Confederação Nacional da Indústria  (CNI), os consumidores, em setembro, estavam 4,4% mais confiantes do que no mesmo mês de 2018. “Isto é relevante, já que 60% a 65% das vendas são feitas a prazo.”

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