São Paulo (Folhapress) O consumidor que está com o nome sujo terá muito mais dificuldade para conseguir um emprego temporário neste final de ano. Somente os shoppings centers brasileiros vão contratar 80 mil temporários para atender o aumento do consumo nas proximidades do Natal. No entanto, para aqueles que acreditam que uma dessas vagas seria uma boa oportunidade para juntar o dinheiro necessário para limpar o nome, o comércio avisa: muitas lojas descartam os inadimplentes em seus processos seletivos, principalmente para funções como caixas, vendedores, balconistas e auxiliares de crédito.
Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), a separação "do joio e do trigo" é praxe apesar de, muitas vezes, não ser explícita para os candidatos. A entidade de defesa do consumidor Pro Teste diz que o rastreamento é uma de discriminação. O economista da Associação Comercial de São Paulo Marcel Solimeo concorda: "Fazer um rastreamento para negar crédito está certo, mas usar essa informação para negar um emprego ao camarada que não teve como pagar e procura emprego para se livrar das dívidas é uma situação extremamente desigual".
Para deixar a lista de inadimplentes e ter mais chance de conseguir um emprego, o consumidor deve procurar a empresa que lhe ofereceu crédito e tentar um acordo para saldar a dívida.