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conjuntura

Lojistas confiam no Dia das Mães

Lojas no Centro de Curitiba: à espera de uma forte retomada, prometida pelos economistas para os próximos meses | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Lojas no Centro de Curitiba: à espera de uma forte retomada, prometida pelos economistas para os próximos meses (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Os comerciantes do Paraná esperam que o Dia das Mães inicie a retomada do consumo no ano e compense as vendas fracas do último Natal. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), baseada em consultas ao banco de dados do SPC Brasil, estima um crescimento médio nacional de 4% nas vendas do comércio varejista para o Dia das Mães, em relação ao mesmo período do ano passado. Já para Curitiba, o crescimento esperado fica em torno dos 5,5%.

No último Natal, a esperança dos comerciantes era de ampliar as vendar em 9% em relação ao ano anterior, mas o crescimento real ficou em apenas 5%. Se a recuperação vier agora, os comerciantes tiram a srote grande – é como se Papai Noel viesse em maio

Para o comércio, o Dia das Mães é a segunda data mais importante do ano, ficando atrás apenas do próprio Natal. A expectativa neste ano é inverter a lógica. "Tanto no volume de vendas como as consultas às lojas foram muito abaixo do esperado em dezembro. Para o Dia das Mães, a expectativa é de que tenhamos um desempenho de crescimento nas vendas na mesma proporção que aconteceu no ano passado, quando tivemos uma das melhores vendagens para a data nos últimos anos", afirma o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Espollador Neto.

Pouco crescimento

Vendas fortes no Dia das Mães são necessárias porque, com a economia andando de lado nos últimos meses, o comércio ainda não conseguiu deslanchar em 2013. O ritmo lento do varejo paranaense, na verdade, teve início no final do ano passado, mas com o endividamento familiar e a inflação no limite, os comerciantes ainda não conseguiram reverter o cenário de desaceleração.

De janeiro a novembro de 2012, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o varejo no Paraná teve média de crescimento mensal de 8,9%. Desde então, o crescimento é de 3,2% em média.

O comportamento acompanha a tendência nacional. No país, o crescimento médio das vendas do comércio nos primeiros onze meses de 2012 ficou em 11% e nos últimos meses a alta caiu para 3,5%.

Retomada

A expectativa do mercado, no entanto, é de que o consumo retome o ritmo nos próximos meses. De acordo com levantamento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), nos dois próximos meses haverá forte retomada do ritmo de vendas e o crescimento real deverá ser de 9,2% em maio e 9,4% em junho, na comparação com iguais meses de 2012.

Para o diretor-presidente do Instituto Paranaense de De­senvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Men­des Lourenço, o perigo fica por conta da inflação. "Com o tempo as pessoas passam a administrar melhor seus orçamentos mesmo endividadas, mas a inflação descolada passa a ser a grande sombra para a retomada do varejo", completa.

Desequilíbrio

Endividamento é principal causa da desaceleração

O comprometimento da renda com dívidas a longo prazo é o principal motivo apontado para a desaceleração. "No final de 2012, a expectativa pelo fim do IPI, por exemplo, fez com que muitas pessoas antecipassem a troca do seu carro. É natural que nos meses seguintes o consumo fique um pouco mais acanhado", afirma o vice-presidente da Associação Comercial do Paraná, Antônio Espollador Neto. O movimento também esvaziou as concessionárias. No ano passado, a média de carros vendidos por mês ficou em 23 mil, mais de 10% acima dos 20 mil mensais vendidos nos primeiros três meses do ano. "No fim do ano passado tivemos picos de vendas intensos. Com o anúncio do IPI reduzido até o final do ano, a tendência é um volume mais uniforme e com uma retomada no segundo semestre", afirma o diretor comercial da rede de lojas de automóveis Auto Fast, Gilberto Roman. Os shoppings também sentiram a queda no ritmo do consumo. "As pessoas passaram um período mais cautelosas e agora a tendência é que mudem seus hábitos de consumo", explica o CEO do PolloShop, Ivo Petris.

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