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Comércio

Lojistas de todos os tipos aproveitam a febre da Copa

Guilherme Lessac, gerente da Comercial Embalagens: Festa Junina e Dia dos Namorados perderam espaço para a Copa do Mundo | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Guilherme Lessac, gerente da Comercial Embalagens: Festa Junina e Dia dos Namorados perderam espaço para a Copa do Mundo (Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo)

A dez dias do início da Copa do Mundo, os lojistas comemoram o aumento do faturamento motivado pela venda de produtos para acompanhar e torcer durante o Mundial – de bandeiras e cornetas a televisores de LCD e produtos de chocolote. Em algumas lojas, há produtos esgotados, e a tendência é que nos próximos dias, quando as seleções entrarem em campo, a procura cresça ainda mais.No Mercado de Embalagens, no Centro de Curitiba, sobram poucos metros de bandeiras do Brasil e alguns produtos para decoração precisaram ser repostos ainda na semana passada, segundo o vendedor Tiago Manfron. "Alguns modelos de buzina já estão esgotados. Na semana passada, vendemos as 600 bolas coloridas que tínhamos. Já pedimos mais 2 mil e vendemos quase tudo."Manfron diz que, até agora, a procura maior era por parte de lojistas, mas ele acredita que os torcedores devem lotar o estabelecimento nos próximos dias. Essa também é a aposta do gerente da Comercial Embalagens, Guilherme Lessac. "Dividimos o espaço da loja com coisas de Festa Junina e do Dia dos Namorados. Mas a procura maior mesmo é para a Copa", conta. A expectativa do gerente é vender neste ano entre 20% e 30% a mais do que em junho do ano passado, justamente por conta do torneio de futebol. "Há uma procura grande por cornetas e tudo que faz barulho."

O gerente da Fanel Sports, José Carlos Faret, diz que a venda de camisas oficiais da seleção brasileira superou as expectativas – a loja vendeu em maio tudo o que imaginava comercializar em junho, e os estoques estão vazios. "O pico de vendas aconteceu quando a seleção estava em Curitiba. E a má notícia é que a Nike não está aceitando pedidos até julho", diz. "O que temos agora são as camisas temáticas."

Para o grupo SBF – dono das lojas Centauro –, os anos de Copa do Mundo são considerados anos com dois Natais, graças ao grande consumo de produtos associados à seleção brasileira.

Faturamento

Uma pesquisa divulgada no início do mês pela Serasa Experian mostra que 50% dos empresários do varejo de todo o país esperam um aumento do faturamento de seus negócios por causa da Copa. Entre os produtos mais procurados, na visão dos próprios varejistas, estão artigos de torcida, tevês convencionais e de alta definição, eletrônicos e bebidas em geral.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), nos 30 dias da competição na África do Sul, entre 11 de junho e 11 de julho, a expectativa é de que o consumo de cerveja no mínimo dobre em todo o país, chegando a 600 milhões de litros.

Shoppings

Nos shoppings, a Copa do Mundo deve provocar um aumento no comércio de vários segmentos. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) espera um aumento de vendas de até 35% apenas para o setor de artigos esportivos. A entidade estima ainda um incremento de cerca de 13% no faturamento das redes de fast food e nos restaurantes – muitos deles farão promoções para os jogos da seleção, que incluem pratos temáticos e rodadas gratuitas de bebidas.

A animação chega até a segmentos que pouco tem a ver com esportes. A rede de salas de cinema Cinemark, por exemplo, colocou à venda, apenas para empresas, 40 mil ingressos para exibir os jogos em tecnologia 3D pela Rede Globo. As vendas terminam hoje e valem para salas da rede em Curitiba e algumas outras capitais.

A marca de chocolates finos Kopenhagen também pegou carona com a Copa e lançou para o período uma pipoca de canjica coberta com chocolate chamada PipoKopa. A marca investiu R$ 100 mil no lançamento, e tem como objetivo vender 50 mil unidades durante o mês da competição.

Marcas de roupas femininas de alto padrão apostaram em peças temáticas para aproveitar a onda do Mundial. "O volume de consumidoras querendo se destacar na torcida está crescendo a cada semana", comemora a franqueada da Spezzato em Curitiba, Francelli Cavalca. A grife oferece blusas e casacos com referência ao mundial. O empresário Willian Korquievicz, franqueado das marcas Los Dos e Bobstore, espera um aumento entre 10% e 12% nas vendas, apostando em roupas e acessórios para torcedores. "O consumidor se envolve com o campeonato e quer estar com um look diferente no seu grupo e não apenas usando a tradicional camiseta da seleção", aposta.

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