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Comércio

Lojistas preveem alta de 14% nas vendas para o Dia das Mães

A professora Andrea Vieira e sua filha Caterine: porta-retratos digitais estão entre os eletrônicos mais procurados | Valterci Santos/ Gazeta do Povo
A professora Andrea Vieira e sua filha Caterine: porta-retratos digitais estão entre os eletrônicos mais procurados (Foto: Valterci Santos/ Gazeta do Povo)

Apesar das medidas de restrição ao crédito adotadas pelo governo federal desde o fim do ano passado, o varejo espera um bom desempenho de vendas no Dia das Mães. A Associação Co­­mercial do Paraná (ACP) projeta um crescimento de 14% sobre o mesmo período do ano passado.A projeção, considerada "ousada" pelo presidente da ACP, Edson José Ramon, leva em conta o ritmo que o varejo vem sustentando desde o início do ano – no primeiro trimestre, as vendas em Curitiba cresceram 8% em relação a igual período de 2010 – e também a campanha "Raspadinha do Dia das Mães". Até 15 de maio, o cliente que gastar R$ 50 tem direito a uma cartela para concorrer a prêmios instantâneos e ao sorteio de um carro zero e duas motocicletas. "Se não fosse pela campanha, nós acreditamos que o crescimento estaria em torno de 7% a 8%", afirma.

Segundo Ramon, o crescimento de 8% obtido nos três primeiros meses do ano é mais fraco que o apresentado no início do ano passado (10%). Para ele, a razão está na tentativa do governo de esfriar a economia. "O governo está estimulando o freio no consumo. O foco principal do governo é a inflação, é a elevação dos juros, principalmente os juros dos financiamentos."

Um levantamento da ACP mostra que roupas, sapatos e acessórios devem liderar as vendas, respondendo por cerca de 30% dos presentes, seguidos por flores (16%), celulares e smart­phones (14%), eletrodomésticos (13%), perfumaria e cosméticos (11%), eletrônicos (5%), joias e relógios (3%), chocolates e doces (2%) e utilidades domésticas (2%). O tíquete médio para o Dia das Mães deve ficar em R$ 140.

Eletrônicos

Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos compraram da indústria volumes de produtos até 15% maiores na comparação com a mesma data de 2010, aponta um levantamento da Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros). Para o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, o desempenho poderia ser ainda melhor se não fossem as medidas de contenção do crédito.

De acordo com a pesquisa, a indústria vendeu 15% a mais de eletroportáteis e de equipamentos de áudio e vídeo para este Dia das Mães, e de 8% a 10% mais geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Kiçula lembra que se trata de um crescimento em relação a um patamar de vendas alto – na mesma época do ano passado, as vendas de eletroportáteis tinham crescido 25%.

Ainda aquecido

Enquete da Serasa Experian, feita com 961 executivos do varejo brasileiro, indica um crescimento de 9,6% nas vendas, pouco abaixo do registrado na mesma data em 2010 (9,9%). Considerando apenas as grandes varejistas, a previsão média é de um aumento de 11% nas vendas deste ano, conforme levantamento da Associação de Lojistas de Shopping (Alshop) feito com 75% das principais redes do país.

"A minha expectativa era mais conservadora", admite o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Ele diz que, até agora, os lojistas não sentiram o esfriamento no consumo, e que a guerra de promoções entre cartões de bancos, de operadoras e das próprias lojas estaria neutralizando o aperto do crédito realizado pelo governo.

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