Cosméticos
O Boticário reforça verba para faturar 27% mais
As empresas reforçaram os investimentos para o Dia das Mães deste ano. A rede de perfumaria e cosméticos O Boticário, por exemplo, aumentou em 50% a verba de investimento para a data na comparação com 2010 e está aplicando R$ 27 milhões. O objetivo é aumentar em 27% as vendas, na mesma base de comparação.
Segundo Tatiana Ponce, diretora de marketing do grupo O Boticário, a projeção inicial era de um avanço de vendas de 30%, mas a meta foi revisada para baixo em função das medidas do governo para reduzir o consumo.
"Fizemos esse ajuste, mas acreditamos que é um número factível de ser alcançado", afirma. A empresa cuja rede abrange 3 mil lojas no país também aumentou o número de lançamentos para a data, com a criação de duas fragrâncias, seis estojos e a Garden Collection, que inclui o cremes e sabonetes.
O próximo Dia das Mães também marca a estreia das lojas exclusivas NativaSpa, que foram abertas há cerca de um mês pelo grupo. "Foi uma feliz coincidência, mas é óbvio que é bom que as lojas já aproveitem o movimento dessa data", diz Tatiana. As lojas NativaSpa foram abertas em Curitiba, São José do Rio Preto (SP), Salvador e em São Paulo. Nessas lojas, o mix de produtos da linha foi reforçado em 60 itens, além de acessórios e serviços, como massagens e experimentação de produtos.
Porta-retratos digital conquista mãe e filha
O varejo se prepara para o Dia das Mães reforçando os estoques e apostando em alguns produtos para alavancar as vendas. Na loja da Fnac, no ParkshoppingBarigüi, os eletrônicos estão entre as opções de presentes que devem ser mais procurados.
Apesar das medidas de restrição ao crédito adotadas pelo governo federal desde o fim do ano passado, o varejo espera um bom desempenho de vendas no Dia das Mães. A Associação Comercial do Paraná (ACP) projeta um crescimento de 14% sobre o mesmo período do ano passado.A projeção, considerada "ousada" pelo presidente da ACP, Edson José Ramon, leva em conta o ritmo que o varejo vem sustentando desde o início do ano no primeiro trimestre, as vendas em Curitiba cresceram 8% em relação a igual período de 2010 e também a campanha "Raspadinha do Dia das Mães". Até 15 de maio, o cliente que gastar R$ 50 tem direito a uma cartela para concorrer a prêmios instantâneos e ao sorteio de um carro zero e duas motocicletas. "Se não fosse pela campanha, nós acreditamos que o crescimento estaria em torno de 7% a 8%", afirma.
Segundo Ramon, o crescimento de 8% obtido nos três primeiros meses do ano é mais fraco que o apresentado no início do ano passado (10%). Para ele, a razão está na tentativa do governo de esfriar a economia. "O governo está estimulando o freio no consumo. O foco principal do governo é a inflação, é a elevação dos juros, principalmente os juros dos financiamentos."
Um levantamento da ACP mostra que roupas, sapatos e acessórios devem liderar as vendas, respondendo por cerca de 30% dos presentes, seguidos por flores (16%), celulares e smartphones (14%), eletrodomésticos (13%), perfumaria e cosméticos (11%), eletrônicos (5%), joias e relógios (3%), chocolates e doces (2%) e utilidades domésticas (2%). O tíquete médio para o Dia das Mães deve ficar em R$ 140.
Eletrônicos
Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos compraram da indústria volumes de produtos até 15% maiores na comparação com a mesma data de 2010, aponta um levantamento da Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos (Eletros). Para o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, o desempenho poderia ser ainda melhor se não fossem as medidas de contenção do crédito.
De acordo com a pesquisa, a indústria vendeu 15% a mais de eletroportáteis e de equipamentos de áudio e vídeo para este Dia das Mães, e de 8% a 10% mais geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Kiçula lembra que se trata de um crescimento em relação a um patamar de vendas alto na mesma época do ano passado, as vendas de eletroportáteis tinham crescido 25%.
Ainda aquecido
Enquete da Serasa Experian, feita com 961 executivos do varejo brasileiro, indica um crescimento de 9,6% nas vendas, pouco abaixo do registrado na mesma data em 2010 (9,9%). Considerando apenas as grandes varejistas, a previsão média é de um aumento de 11% nas vendas deste ano, conforme levantamento da Associação de Lojistas de Shopping (Alshop) feito com 75% das principais redes do país.
"A minha expectativa era mais conservadora", admite o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Ele diz que, até agora, os lojistas não sentiram o esfriamento no consumo, e que a guerra de promoções entre cartões de bancos, de operadoras e das próprias lojas estaria neutralizando o aperto do crédito realizado pelo governo.
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