Unidade que recebeu R$ 1 milhão fica no centro da cidade| Foto: Diego Pisante/Divulgação Loreal

A francesa L´Oreal investiu R$ 1 milhão para abrir em Curitiba um centro de treinamento e formação de profissionais de beleza. A unidade, inaugurada ontem, tem capacidade para treinar entre 400 e 500 cabeleireiros e manicures e abre a primeira turma a partir de julho. Criado em 2010 como um projeto voltado para o mercado brasileiro, o instituto L´Oreal Professionnel tem unidades no Rio e em São Paulo e deve ganhar fôlego internacional ainda este ano. No segundo semestre, está prevista a abertura de uma unidade na África do Sul.

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Segundo Richard Kle­venhusen, diretor do instituto, a ideia de desenvolver o centro de formação no Brasil veio da constatação de que, embora o país seja hoje o terceiro maior mercado mundial de beleza, o setor de salões de beleza ainda é bastante informal e tem dificuldade para encontrar mão de obra qualificada. A própria atividade de cabeleireiro ainda não está regulamentada – o projeto de lei tramita na Câmara dos Deputados. Estima-se que existam 340 mil salões de beleza no país, mas apenas 100 mil são formais.

Cartão de visitas

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A crise econômica também fez com que a divisão profissional da gigante francesa voltasse os olhos para o mercado brasileiro. Enquanto na Europa as mulheres reduzem as idas ao salão de beleza a uma vez a cada três meses por conta da crise, aqui a brasileira tem ido cada vez mais ao cabeleireiro.

Uma pesquisa do Ibope revela que 80% das mulheres que vivem nas regiões metropolitanas das principais capitais frequentam salões de beleza. Dessas, 51% o fazem, pelo menos, a cada 15 dias. "O mercado de beleza no Brasil é gigantesco. Ao contrário de outros países, aqui o cabelo é uma espécie de cartão de visitas da mulher, que usa, em média, de quatro a cinco produtos diariamente para cuidar dos fios", lembra Mikael Henry, diretor da divisão de produtos profissionais da L’Oréal.

Depois da unidade própria em Curitiba, os próximos institutos serão inaugurados em Belo Horizonte e Belém. A intenção é que a expansão seja feita também pelo modelo de franquias. A meta é ter 50 franquias no país até 2020, de acordo com a empresa.

Em Curitiba, os cursos terão duração de oito meses, com um custo de R$ 475 por mês, e de 16 meses, por R$ 275 por mês. A matrícula custa R$ 300. O aluno interessado terá que se inscrever pelo site do grupo e passará por uma seleção, que inclui uma entrevista.