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Lotéricas e terminais são alternativa para greve de vigilantes

Assembleia realizada ontem na Praça Santos Andrade, em Curitiba, decidiu detalhes da paralisação | Marcelo Elias / Gazeta do Povo
Assembleia realizada ontem na Praça Santos Andrade, em Curitiba, decidiu detalhes da paralisação (Foto: Marcelo Elias / Gazeta do Povo)

Com a maior parte das agências e postos bancários de Curitiba, região metropolitana e muitas áreas do interior fechadas hoje, por causa da greve dos vigilantes patrimoniais – responsáveis pela segurança das entidades financeiras, além das indústrias, comércios e órgãos públicos –, as opções para clientes de bancos se reduzem às lotéricas e terminais de autoatendimento, além da internet. A Lei 7.102 não permite a abertura de agências bancárias sem a presença de no mínimo dois vigilantes. Caso um profissional esteja presente, somente expediente interno é permitido. Mesmo com a greve e os bancos fechados, o vencimento das contas não muda.

A paralisação também deve provocar o desabastecimento de cédulas no sistema de caixas eletrônicos das agências, já que os carros-fortes não poderão descarregar. Os terminais localizados em shoppings, supermercados e postos de gasolina devem funcionar normalmente, pois são abastecidos por profissionais terceirizados.

A expectativa do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes) e da Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetra­vispp) é de que 80% dos profissionais cruzem os braços no primeiro dia de paralisação. São 22,6 mil vigilantes em todo o estado, dos quais 8 mil na capital e região metropolitana. A greve foi decidida no dia 26 de janeiro, durante reunião em Curitiba, com a presença de 1.350 vigilantes. Também houve assembleias em Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá, Pato Bran­co, Umuarama e Ponta Grossa.

Segundo João Soares, presidente de ambas as entidades, os efeitos da paralisação da categoria devem atingir em cheio o setor financeiro. "A greve é geral e por tempo indeterminado. É líquido e certo que teremos próximo de 100% das agências bancárias fechadas. O sistema se tornará um caos. Isso vai dar força ao movimento", afirma.

Na última greve da categoria, em 2009, mais de 200 agências e postos de atendimento bancários da capital permaneceram fechados. Nos dias seguintes, o número aumentou e chegou a 270 estabelecimentos fechados. No total, há 344 agências em Curitiba e 1.337 no Paraná. "Na última greve, todas as agências da região central e algumas do interior ficaram fechadas. Pela nossa experiência, já sabemos que a maioria dos estabelecimentos não vai abrir por causa da ausência de vigilantes", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias.

Na assembleia de ontem a noite, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, a categoria definiu detalhes da paralisação. Durante o período de greve, os profissionais prometem se reunir diariamente no mesmo local.

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