Sem interrupção
Para contornar os transtornos causados pela greve dos vigilantes, veja que serviços não dependem da abertura de agências bancárias:
Nas casas lotéricas:
- Recebimento de benefícios sociais como Bolsa Família, INSS, FGTS, Seguro-Desemprego e PIS
- Pagamento de contas de água, luz e telefone
- Pagamento de bloquetos de cobrança bancária
- Pagamento de prestação habitacional
- Consulta de saldo de conta corrente e poupança
- Depósitos em conta corrente e poupança
- Saques de conta corrente e poupança com o cartão magnético
Em terminais eletrônicos (caixas automáticos e salas de autoatendimento):
- Saques
- Depósitos em dinheiro ou cheque
- Consulta e retirada de saldo/extrato
- Transferências
- Retirada de folhas de cheque
- Pagamento de contas (não vencidas)
- Agendamento de pagamentos e DOC
- Pagamento de cartão de crédito
- Saques de benefícios sociais, com o cartão magnético
- Resgate de investimento
Sindicato dos bancários vai pressionar por solução rápida
A possibilidade de caos no setor financeiro do Paraná fará com que o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região pressione os bancos para que haja uma solução para o impasse.
"Nós apoiamos a mobilização dos vigilantes, pois estamos percebendo que a negociação não evolui. Mas vamos exigir que a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] e os banqueiros façam pressão para sair uma solução", afirma o presidente da entidade, Otávio Dias.
Ainda de acordo com o dirigente, nenhuma agência irá abrir sem que dois profissionais estejam presentes. "Sem vigilantes, não abre. Se não aparecerem dois homens, a agência estará fora das orientações legais e não terá expediente. Somente assim a segurança dos funcionários e dos clientes estará garantida", afirma. (CGF)
Com a maior parte das agências e postos bancários de Curitiba, região metropolitana e muitas áreas do interior fechadas hoje, por causa da greve dos vigilantes patrimoniais responsáveis pela segurança das entidades financeiras, além das indústrias, comércios e órgãos públicos , as opções para clientes de bancos se reduzem às lotéricas e terminais de autoatendimento, além da internet. A Lei 7.102 não permite a abertura de agências bancárias sem a presença de no mínimo dois vigilantes. Caso um profissional esteja presente, somente expediente interno é permitido. Mesmo com a greve e os bancos fechados, o vencimento das contas não muda.
A paralisação também deve provocar o desabastecimento de cédulas no sistema de caixas eletrônicos das agências, já que os carros-fortes não poderão descarregar. Os terminais localizados em shoppings, supermercados e postos de gasolina devem funcionar normalmente, pois são abastecidos por profissionais terceirizados.
A expectativa do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes) e da Federação dos Vigilantes do Paraná (Fetravispp) é de que 80% dos profissionais cruzem os braços no primeiro dia de paralisação. São 22,6 mil vigilantes em todo o estado, dos quais 8 mil na capital e região metropolitana. A greve foi decidida no dia 26 de janeiro, durante reunião em Curitiba, com a presença de 1.350 vigilantes. Também houve assembleias em Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá, Pato Branco, Umuarama e Ponta Grossa.
Segundo João Soares, presidente de ambas as entidades, os efeitos da paralisação da categoria devem atingir em cheio o setor financeiro. "A greve é geral e por tempo indeterminado. É líquido e certo que teremos próximo de 100% das agências bancárias fechadas. O sistema se tornará um caos. Isso vai dar força ao movimento", afirma.
Na última greve da categoria, em 2009, mais de 200 agências e postos de atendimento bancários da capital permaneceram fechados. Nos dias seguintes, o número aumentou e chegou a 270 estabelecimentos fechados. No total, há 344 agências em Curitiba e 1.337 no Paraná. "Na última greve, todas as agências da região central e algumas do interior ficaram fechadas. Pela nossa experiência, já sabemos que a maioria dos estabelecimentos não vai abrir por causa da ausência de vigilantes", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias.
Na assembleia de ontem a noite, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, a categoria definiu detalhes da paralisação. Durante o período de greve, os profissionais prometem se reunir diariamente no mesmo local.
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