A AmBev apresentou nesta quarta-feira lucro líquido de R$ 2,089 bilhões para o primeiro trimestre do ano, um crescimento de 26,6% sobre o obtido um ano antes, apesar de uma queda de vendas no Brasil e Canadá.
O volume vendido no primeiro trimestre foi de 40,8 milhões de hectolitros, contra 40,9 milhões de hectolitros no mesmo período do ano passado. A queda ligeira de 0,3% no volume vendido foi pressionada por recuo de 1,1% no Brasil e de 7% nas operações canadenses da empresa.
"Nosso desempenho no Brasil no primeiro trimestre de 2011 teve expansão de margem tanto em cerveja como em refrigerantes e bebidas não alcoólicas, apesar dos volumes fracos devido às fortes chuvas em janeiro, com crescimento da receita vindo principalmente dos aumentos de preços", afirma a AmBev no balanço.
Excluindo receitas e despesas não recorrentes, o lucro líquido subiu 21,7% no primeiro trimestre na comparação anual.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da companhia ficou em R$ 3,098 bilhões de janeiro a março. Em igual intervalo de 2010, a geração de caixa operacional havia sido de R$ 2,774 bilhões. A margem passou de 45,3 para 47,2%.
"No geral, ficamos satisfeitos com nosso desempenho consolidado no primeiro trimestre de 2011, em que registramos crescimento de dois dígitos no Ebitda e expansão na margem Ebitda em quase todas as nossas operações", afirmou no balanço o diretor geral da AmBev, João Castro Neves.
O volume de cerveja comercializado pelo grupo subiu 0,3%, para 29,4 milhões de hectolitros, enquanto o de refrigerantes e bebidas não alcoólicas caiu 1,8%, para 11,3 milhões de hectolitros.
Com isso, a empresa apurou receita líquida de R$ 6,562 bilhões entre janeiro e março, alta anual de 7,2% impulsionada por aumentos de preços.
A AmBev manteve a estimativa de investir até R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2011, "pois vemos oportunidades relevantes de crescimento na indústria de cerveja no futuro e planejamos investir adequadamente para aproveitá-las no médio e longo prazo".
O investimento, segundo a companhia informou no início do ano, será destinado à construção de novas fábricas e centros de distribuição, ampliação de unidades já existentes e melhorias operacionais.