A empresa de alimentos BRF teve lucro líquido de 562,8 milhões de reais no quarto trimestre, ante 121 milhões de reais um ano antes, beneficiado pelo bom resultado nos mercados externo e interno, informou a companhia nesta segunda-feira (4). O Ebitda (sigla em inglês de lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 1 bilhão de reais no período, em linha com as previsões, alta de 10,7%.

CARREGANDO :)

Analistas esperavam, em média, lucro líquido de 374 milhões de reais e Ebitda de 993 milhões de reais. A empresa, maior produtora e exportadora de carne de frango do Brasil, teve receita líquida de 8,1 bilhões de reais, alta 14,7 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o comunicado, "esse crescimento foi respaldado pelo expressivo desempenho nos segmentos de atuação".

A companhia informou que teve aumento de receitas de 9 por cento no mercado interno, 24 por cento no mercado externo, 11 por cento no segmento de lácteos e 5 por cento na unidade de "food services" (de alimentação fora do lar).

Publicidade

Resultados do ano

A BRF fechou 2012 com receita líquida de 28,5 bilhões de reais, 10,9 por cento maior do que no ano anterior. Porém, o lucro líquido de 813,2 milhões de reais ficou abaixo dos 1,36 bilhões obtidos pela companhia em 2011. "Mesmo diante da instabilidade da economia internacional, que resultou em baixo crescimento das principais economias da zona do euro e desaceleração da economia chinesa, as exportações aumentaram", informou a companhia em comunicado.

Crescimento nas exportações que se deu tanto em receita (alta de 15,2 por cento) como em volume (alta de 9,6 por cento). Sobre o desempenho doméstico, a receita subiu 8,5 por cento, para 12,6 bilhões.

O Ebitda recuou 17,4 por cento, para 2,7 bilhões no ano. Segundo a BRF reflexo de "pressões de custos, despesas transitórias e repasse de ativos, aliados ao cenário adverso no mercado internacional".

A BRF e a Marfrig Alimentos firmaram um acordo para troca de ativos, conforme compromisso assumido junto ao órgão antitruste (Cade), para a aprovação da aquisição da Sadia pela Perdigão, que deu origem à companhia.

Publicidade