A Caixa informou ontem que obteve um lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no ano passado, 19,2% maior do que o registrado em 2012. Esse é o resultado ajustado, ou seja, que retira os efeitos de mudanças contábeis do resultado. Sem os ajustes, o lucro cresceu 10,8% no ano passado. A carteira de crédito aumentou 36,8%, ante 42% de expansão no ano anterior, para R$ 494,2 bilhões.
A previsão do banco é reduzir a ampliação da carteira de crédito para o intervalo entre 22% e 25% neste ano. Isso se deve ao próprio aumento já verificado no passado na carteira de empréstimos, justificou o presidente do banco, Jorge Hereda. "É muito mais fácil crescer uma carteira que, em 2008, era de R$ 78 bilhões, do que ampliar hoje uma carteira de R$ 492 bilhões, que é a segunda maior do país."
O governo federal não deve aportar novos recursos no banco neste ano, uma vez que está enfrentando dificuldades na gestão de suas finanças. Com menos dinheiro de seu controlador, é mais difícil para a Caixa aumentar o volume de empréstimos ao mesmo ritmo do passado.
Hereda disse, contudo, que a Caixa não precisa de capital novo do governo neste ano para cumprir suas metas de crescimento da carteira de crédito. "Nós damos crédito com os recursos que captamos, nós não dependemos do governo federal para dar crédito", afirmou.
A inadimplência total (acima de 90 dias) da Caixa ficou em 2,3%, acima dos 2,1% vistos no final de 2012.
Revisão
Por determinação do Banco Central, a Caixa fez um ajuste em seu resultado de 2012. O lucro ajustado do ano foi revisto de R$ 6,066 bilhões para R$ 5,640 bilhões. Isso porque a Caixa teve de retirar de seu patrimônio líquido receitas de R$ 719 milhões, um valor obtido com o encerramento de contas correntes por irregularidade cadastral.
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