A MRV Engenharia e Participações viu seu lucro líquido cair 13,2 por cento no terceiro trimestre na comparação anual conforme o esperado, e encerrou o período com geração de caixa de 208 milhões de reais.

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A construtora e incorporadora mineira informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 131 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 151 milhões de reais um ano antes.

O resultado ficou em linha com a média das projeções de analistas obtidas pela Reuters, de lucro líquido de 132,7 milhões de reais.

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Segundo o diretor-executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa, o resultado ainda sofreu o impacto de unidades vendidas em 2011 a preços mais baixos e pressões de custos que ainda se refletiram nestes resultados.

"A gente está em processo de recuperação de preços desde 2012, em que a gente vê paulatinamente o resultado cada vez melhor", disse o executivo à Reuters.

As margens da companhia ainda mostraram queda em relação ao terceiro trimestre de 2012, mas estáveis na comparação com o segundo trimestre.

A margem bruta foi de 26,6 por cento, enquanto a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 18,3 por cento, com quedas de 2,1 pontos e 4,2 pontos percentuais, respectivamente.

"Os momentos de margens mais baixas estão começando a ficar para trás. A gente vai ver uma recuperação leve e gradual", disse Corrêa.

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A receita líquida da MRV foi de 1,072 bilhão de reais no trimestre, alta de 4,9 por cento na comparação com o mesmo período de 2012. Já o Ebitda da companhia caiu 14,8 por cento ano a ano, a 196 milhões de reais.

Ao final de setembro, o estoque a valor de mercado da MRV era de 4,08 bilhões de reais, ante 4,19 bilhões em junho.

"A gente está mantendo um estoque adequado para o volume de vendas e para o tamanho do mercado", disse, adicionando que a companhia deve intensificar os lançamentos no quarto trimestre, na comparação com o terceiro.

Entre julho e setembro, os lançamentos de imóveis caíram 25,5 por cento na comparação anual, para 788 milhões de reais.

Já os cancelamentos de contratos (distratos) foram de 265,5 milhões de reais, queda de 9,6 por cento em relação ao segundo trimestre. Segundo a MRV, 91,4 por cento das unidades distratadas no ano até setembro foram revendidas neste período e com um ganho no preço médio de venda de 15,7 por cento.

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Assim, a geração de caixa da companhia no trimestre foi de 208 milhões de reais, chegando a 386 milhões no acumulado do ano até setembro. Corrêa afirmou que a companhia deve ter uma geração de caixa nos mesmos níveis nos próximos trimestres.

O destino deste dinheiro ainda será decidido pela companhia, e entre as alternativas estão o pagamento de mais dividendos, ou redução do endividamento, adicionou.