O lucro da Petrobras caiu 17% no primeiro trimestre, para R$ 7,7 bilhões, refletindo principalmente a redução do lucro operacional e maiores despesas com tributação sobre o lucro em relação há um ano. De acordo com a estatal, "estes efeitos foram parcialmente compensados pelo maior resultado financeiro".
O resultado financeiro da companhia ficou positivo em R$ 1,4 bilhão, superior em R$ 925 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2012, beneficiado pelo efeito da apreciação cambial sobre o endividamento líquido. As receitas de venda da empresa subiram 10%, para R$ 72,5 bilhões, por conta do ajuste da gasolina e do diesel no primeiro trimestre. As importações, porém, decorreram mais uma vez em prejuízo para a área de Abastecimento, porém menor do que no primeiro trimestre de 2012.
A perda com importações de janeiro a março de 2013 caiu 7%, para R$ 4,2 bilhões, contra R$ 4,6 bilhões há um ano. A importação de petróleo subiu 35%, enquanto a de derivados caiu 7% de janeiro a março. O lucro da área de Exploração e Produção, por outro lado, caiu 20%, para R$ 15 bilhões, devido à queda de 8% produção de petróleo da companhia no período. 2012
Em 2012, o lucro da estatal caiu 36,3% na comparação com o de 2011, para R$ 21,182 bilhões, resultado foi pior que o esperado por analistas à época, que estimavam queda de cerca de 30%. A receita líquida da empresa foi de R$ 281,3 bilhões no ano passado, 15% maior que a verificada em 2011, de R$ 244,1 bilhões. Considerando só o quarto trimestre do ano passado, a empresa teve lucro líquido de R$ 7,7 bilhões, valor 54% maior que os R$ 5 bilhões dos três últimos meses de 2011. A receita líquida foi de R$ 73,4 bilhões, alta de 12,5% em relação à registrada em igual período de 2011, de R$ 65,2 bilhões.
Perspectivas
Oswaldo Telles, analista do BES Banco Espírito Santo, acredita que as ações da companhia sejam beneficiadas a partir do segundo trimestre. "Prevemos uma recuperação total nas margens devido aos recentes aumentos nos preços de diesel e gasolina bem como um crescimento adicional da produção de petróleo".