Com um crescimento apenas marginal da produção de petróleo, a Petrobras viu seu lucro minguar em 2011. O resultado de R$ 33,3 bilhões da estatal no ano passado foi 5,3% menor que o resultado recorde de 2010, de R$ 35,1 bilhões. O faturamento da companhia no ano atingiu R$ 244,2 bilhões, com expansão de 15% sobre 2010, influenciado tanto pelo preço quanto pela produção maior de petróleo.
No quarto trimestre, o lucro foi de R$ 5,049 bilhões, com queda expressiva de 52,38% em relação ao mesmo período de 2010. O valor é o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2007. A receita líquida da companhia entre outubro e dezembro alcançou R$ 65,257 bilhões, alta de 20,3% em igual comparação, ocasionada principalmente pelo efeito do câmbio nas exportações e pelo reajuste de 10% no preço da gasolina e de 2% no valor do diesel, em vigor desde 1.º de novembro.
Prejuízo
O salto de 69% nas importações de petróleo e derivados no quarto trimestre de 2011 em relação ao ano anterior contribuiu para que a área de abastecimento da Petrobras encerrasse o período com prejuízo líquido de R$ 4,412 bilhões, ante lucro de R$ 1,427 bilhão entre outubro e dezembro de 2010.
Troca de comando
O balanço foi o último da Petrobras sob o comando de José Sergio Gabrielli. No próximo dia 13 ele será substituído por Maria das Graças Foster, ex-diretora da área de Gás e Energia da estatal, eleita ontem pelo conselho de administração da empresa. Ela assume a presidência da Petrobras com o desafio de intensificar o ritmo de produção da companhia. Embora tenha produzido volume recorde de 2,021 milhões de barris por dia, em 2011 a estatal fracassou pelo segundo ano consecutivo na tentativa de alcançar a marca de 2,1 milhões de barris de petróleo produzidos em território nacional.