A Petrobras terminou 2013 com lucro líquido de R$ 23,570 bilhões, aumento de 11% em relação ao registrado no ano anterior. Apenas no quarto trimestre do ano passado, o ganho da estatal foi de R$ 6,281 bilhões. Refletindo a perspectiva dos investidores pelo balanço, as ações mais negociadas da Petrobras fecharam nesta terça-feira (25) em baixa de 2,21%, a R$ 14,18 cada.
Esses papéis representam cerca de 8% do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que encerrou o dia com perda de 1,43%, aos 46.715 pontos.
Somente no 4º trimestre, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,281 bilhões, acima das estimativas do mercado, beneficiado pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil. O mercado esperava, segundo média das cinco estimativas de bancos de investimentos obtidas pela Reuters, um lucro líquido de R$ 5,41 bilhões. A Petrobras reajustou duas vezes o preço da gasolina e três vezes o valor do óleo diesel em 2013.
O Ebitda ajustado (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu para R$ 15,55 bilhões no último trimestre de 2013, em linha com a expectativa do mercado. A dívida de longo prazo da companhia cresceu 38%, para R$ 249,038 bilhões.
Investimentos
A Petrobras prevê ainda investimentos de US$ 220,6 bilhões no período de 2014 a 2018, em busca de uma produção média de petróleo de 4 milhões de barris diários entre 2020 e 2030. O valor ficou abaixo do teto previsto no plano de negócios anterior (2013-2017), de investimentos de US$ 236,7 bilhões, com um valor de US$ 207 bilhões referentes à carteira de projetos em implantação.
Perspectivas
Para Luana Helsinger, analista do GBM (Grupo Bursátil Mexicano), "não existe dúvida" sobre o aumento da produção da Petrobras neste e nos próximos anos, o que deve aliviar a pressão sobre o segmento de Refino da empresa. "A desvalorização cambial, no entanto, é muito ruim para a Petrobras. Quanto mais alto fica o dólar, maior é a disparidade de preços entre os produtos que ela importa e os que ela vende no Brasil", diz a analista.
A questão do nível de consumo, segundo Luana, também pesa. "A perspectiva é de que a demanda por combustíveis no país continue crescendo nos próximos anos, o que obriga a companhia a continuar aumentando a oferta de produtos para dar conta da procura maior", completa.