O lucro da Petrobras despencou pelo segundo trimestre seguido, fechando em R$ 4,959 bilhões entre abril e junho, queda de 8% em relação aos R$ 5,393 registrados no primeiro trimestre do ano. No último trimestre de 2013, o lucro havia sido de R$ 7,69 bilhões. O Ebitda, indicador de geração de caixa, cresceu 13%, de R$ 14,35 bilhões para R$ 16,24 bilhões, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2014.
O resultado veio bem abaixo das expectativas de mercado, que apontavam lucro perto de R$ 7 bilhões. Mesmo com a produção 1% maior e com o maior produção de derivados no país, o lucro da Petrobras caiu 25% nos seis primeiros meses do ano, em comparação com o primeiro semestre de 2014, de R$ 13,894 bilhões para R$ 10,352 bilhões.
Além do aumento de mais de 50% no prejuízo na Área de Abastecimento, a Petrobras ainda registrou perdas por baixas de poços comerciais ou subcomerciais. Os ganhos com desinvestimentos caíram em R$ 3 bilhões no último trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A receita de vendas da empresa no segundo trimestre foi de R$ 82,3 bilhões, uma alta de 11,8% em relação ao mesmo trimestre de 2013, com preços dos combustíveis maiores. A área de Abastecimento da Petrobras teve prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre do ano, 55% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a companhia.
A Petrobras tem registrado prejuízos na área de Abastecimento, nos últimos anos, porque vende combustíveis no mercado interno por preços inferiores aos praticados no exterior, em meio a expressivas compras de combustíveis no exterior.
As importações de derivados de petróleo no segundo trimestre somaram 407 mil barris por dia, alta de 53,9% frente o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, as exportações de petróleo caíram 14,8% na mesma comparação, para 138 mil barris/dia.
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