São Paulo O lucro da TAM, maior companhia aérea brasileira, cresceu 128% no terceiro trimestre deste ano e ficou muito próximo do resultado da Gol, sua principal concorrente.
Segundo balanço divulgado ontem, a TAM teve um lucro líquido de R$ 212,7 milhões entre julho e setembro, contra ganho de R$ 93,3 milhões no mesmo período do ano passado.
Já o ganho da Gol cresceu de R$ 116,8 milhões para R$ 232 milhões no período. Em todo o ano passado, a Gol teve lucro de R$ 424,5 milhões, um resultado 127% superior ao da TAM, de R$ 187 milhões.
Nos nove primeiros meses deste ano, no entanto, a TAM acumulou um ganho de R$ 414,8 milhões, contra R$ 491 milhões da Gol.
A TAM conseguiu reduzir a diferença entre seu lucro e o da Gol porque aproveitou melhor o encolhimento da Varig neste ano.
A Varig mantinha importante participação no mercado de vôos internacionais e a TAM apareceu como única companhia com aviões e estrutura capazes de substituí-la nessas rotas. Com isso, a participação de mercado da TAM em vôos internacionais alcançou 60% em setembro.
Já nos vôos domésticos a TAM também manteve a liderança, com 51,1% de participação média de mercado no terceiro trimestre, contra 36,2% da Gol.
Para ocupar o espaço deixado pela Varig no mercado doméstico, a TAM recebeu dez aviões Airbus A320 no trimestre, mas devolveu três Fokker 100. A empresa também elevou de 12,1 para 12,9 o número de horas médias diárias voadas por avião.
Já no mercado internacional a TAM recebeu três A330 utilizados em vôos para Nova Iorque, Paris e Santiago (Chile).
Frota
O diretor financeiro e de relações com investidores da TAM, Líbano Miranda Barroso, informou que a incorporação de novos aviões à frota da empresa deverá contribuir para acelerar a retirada dos modelos Fokker 100. A previsão é fechar 2007 com seis aeronaves e até meados de 2008 eliminar este tipo de avião na frota. A previsão anterior da companhia era manter o modelo até 2009.
De acordo com o presidente da companhia aérea, Marco Antônio Bologna, o plano de frota é um dos pilares de crescimento da empresa nos próximos anos. "Estamos focados na redução dos custos a fim de reduzir o gap entre a empresa e o concorrente de menor custo", afirmou em teleconferência com analistas.