A Telefónica apresentou nesta quinta-feira resultados abaixo do esperado para o primeiro trimestre, com as operações espanholas compensadas pela força na América Latina e Europa, respaldando a lógica para a tentativa de expansão no Brasil.

CARREGANDO :)

A segunda maior companhia de telecomunicações da Europa em valor de mercado, afirmou que está "priorizando a captação de oportunidades de crescimento em seus mercados".

No meio da semana a Portugal Telecom rejeitou uma oferta da Telefónica para comprar a sua parte na Vivo.

Publicidade

Apesar de seus negócios na América Latina estarem indo bem de maneira geral, os fortes resultados da Vivo contrastam com o desempenho da operação de telefonia fixa Telesp, que viu a margem de lucro núcleo caiu acentuadamente.

"A oferta pela participação da Portugal Telecom na Vivo mostra claramente a urgência com que a Telefónica quer ganhar o controle de 100 por cento de uma empresa de telecomunicações brasileira", disse Michael Kovacocy, analista da Daiwa. Ele observou que a integração dos ativos fixos e móveis no Brasil pela rival mexicana América Móvil obrigaria a Telefónica a seguir seus passos.

"Enquanto somos crentes nos benefícios da consolidação do mercado frente à fraqueza econômica, esperamos que os analistas comecem a questionar quando haverá uma aceleração dos negócios e redução no investimento e custos de aquisição de clientes", acrescentou.

O lucro líquido da Telefónica subiu 2% para 1,66 bilhão de euros (US$ 2,11 bilhões) enquanto a previsão média de analistas era de ganho de 1,73 bilhão. O lucro operacional na América Latina caiu 5% em termos gerais, mas aumentou 9%desconsiderando-se efeitos cambiais. A Telefônica reafirmou todas as suas metas de lucros para 2012.

"Os resultados foram mistos. As receitas estão maiores, o que é um bom sinal de atividade, mas os custos são mais elevados devido à maior comercialização. Mas parece muito complicado para que eles alcancem as metas no final do ano", disse Javier Borrachero, analista a Kepler em Madrid.

Publicidade

Na Espanha, país atingido por recessão severa que deixou quase um em cada cinco trabalhadores sem emprego, a receita caiu cerca de 6%. O país é responsável por um terço do Ebitda da companhia.

Enquanto isso, as unidades latino-americanas continuam com melhor performance, com receita ainda em aceleração.