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Mineração

Lucro da Vale atingiu R$ 4 bilhões e foi um dos recordes do 3º trimestre deste ano

Produção e preços maiores levaram a Companhia Vale do Rio Doce ao maior lucro trimestral de sua história, no momento em que a maior produtora de minério de ferro do mundo fecha a aquisição da gigante do setor de níquel Inco, que a elevará à posição de segunda mineradora diversificada do planeta.

De julho a setembro, a Vale obteve lucro recorde de R$ 4,0 bilhões, 46,6% maior que o verificado em igual período de 2005, de R$ 2,7 bilhões, e superior em R$ 68 milhões ao recorde anterior, do segundo trimestre deste ano.

Com isso, o lucro acumulado no ano subiu para R$ 10,1 bilhões, uma alta de 28,9% em relação aos nove primeiros meses de 2005.

De janeiro a setembro deste ano, a receita bruta da Vale somou R$ 30,1 bilhões, com crescimento de 14,9% em relação à registrada em igual período do ano passado. A receita bruta do terceiro trimestre ficou em R$ 11,6 bilhões, novo recorde trimestral histórico da Companhia, superando em 28,8% o resultado do 3º trimestre de 2005, e em 14,9% o recorde anterior, que foram os R$ 10,1 bilhões registrados no 2º trimestre deste ano.

A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciações), chegou aos R$ 14,8 bilhões no ano, contra os R$ 12,5 bilhões registrados nos nove meses de 2005. Entre julho e setembro o Ebitda alcançou R$ 5,9 bilhões, 36,5% a mais do que o registrado no terceiro trimestre de 2005 e que também se consolida como o novo recorde histórico trimestral da Vale, superando em 10,5% o resultado do 2º trimestre de 2005, que foi de R$ 5,334 bilhões.

Segundo a Vale, outro destaque foram as exportações que, nos nove primeiros meses de 2006, somaram US$ 7,237 bilhões, com acréscimo de 44,5% frente ao mesmo período do ano passado. O resultado líquido (exportações menos importações) foi de US$ 6,559 bilhões, crescimento de 45,7% entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2005. Em conseqüência, a companhia contribuiu com 19,3% para o saldo da balança comercial do Brasil até setembro, de US$ 33,974 bilhões.

A Vale informou, ainda, ter investido, "de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US Gaap)", US$ 3,0 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O valor representa desembolso 30,1% superior ao verificado em igual período do ano passado e 64,9% do total previsto para este ano, que é de US$ 4,626 bilhões. No terceiro trimestre, o investimento foi de US$ 1,1 bilhão.

A companhia destacou que, do total de US$ 3,004 bilhões, foram investidos US$ 1,825 bilhão em projetos; US$ 302 milhões em pesquisa & desenvolvimento; US$ 75 milhões em aquisições (Mineração Rio Verde e Valesul) e US$ 803 milhões na sustentação dos ativos já existentes.

Assim, 73,3% dos recursos investidos foram alocados para o financiamento da expansão das atividades da Vale em projetos, P&D e aquisições. Se seconsider a incorporação das ações da Caemi, que não envolveu desembolso financeiro, já que foi efetuada mediante troca de ações, o valor do investimento em 2006 chega a US$ 5,4 bilhões.

A Ásia foi o principal destino das vendas da Vale, com 35,1% do total da receita bruta da companhia nesse trimestre, contra 34,7% para as Américas e 26,0% para a Europa. Numa análise entre países, o Brasil foi o principal destino das vendas da companhia, gerando 20,9% da receita bruta. As vendas para a China, o segundo país mais importante como destino dos embarques da Vale, totalizaram 18,6% da receita bruta, contra 15,8% no 3º trimestre de 2005.

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