Rio de Janeiro Maior mineradora de ferro do mundo, a Companhia Vale do Rio Doce anunciou ontem um lucro líquido de R$ 6,1 bilhões no primeiro semestre de 2006, com crescimento de 19,5% em relação ao mesmo período de 2005 (R$ 5,1 bilhões).
No segundo trimestre deste ano, o lucro da Vale foi recorde: R$ 3,9 bilhões, 12,2% superior ao obtido em igual período de 2005 (R$ 3,5 bilhões). Em todo o ano de 2005, a companhia lucrou R$ 10,4 bilhões. Foi o maior lucro num primeiro semestre de uma empresa brasileira, excluindo-se a Petrobrás e a Eletrobrás.
Segundo comunicado da Vale, "as boas perspectivas de continuidade do sólido desempenho da economia global, com um ciclo de maior demanda por minérios e metais, traz "implicações positivas para os resultados da Vale no longo prazo. A companhia destaca ainda que se beneficiou da "franca expansão da sua produção em diversos segmentos da indústria de mineração.
A Vale ressaltou como exemplo os investimentos no aumento da produção de alumina (insumo do alumínio). As vendas da cadeia do alumínio cresceram 31,9% no semestre.
Ao todo, a Vale faturou R$ 18,4 bilhões no primeiro semestre, 7,7% a mais do que em igual período de 2005. O Brasil foi o principal destino das vendas da companhia (20,9% do faturamento), embora quase 80% da receita tenha origem no mercado externo.
No primeiro semestre, o volume de vendas de minério de ferro cresceu 7,6%, atingindo 129,7 milhões de toneladas. O produto respondeu por 64% da receita no semestre.
Nem mesmo o menor reajuste do minério de ferro afetou o desempenho. Neste ano, a Vale fechou com as siderúrgicas uma alta de 19%, contra 71,5% em 2005. O motivo do aumento menor foi a demanda menos aquecida. No caso das pelotas (bolinhas de minério do tipo fino), a empresa aceitou até mesmo redução de preço de 3%.